O avião presidencial entregue na sexta-feira (25) pela Embraer ao governo brasileiro deverá fazer voo inaugural já na terça-feira (29), em viagem entre a capital portuguesa, Lisboa, e Copenhague, na Dinamarca, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai participar da cerimônia de escolha da sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Em seguida, Lula segue a bordo do Emb-190 para a Bélgica e Suécia, de onde retorna ao Brasil no Airbus A319, também da frota presidencial.
Segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a aeronave custou R$ 87 milhões, e por um pacote que inclui suporte técnico, manutenção e treinamento foram pagos mais R$ 37 milhões. Segundo a assessoria da Embraer, o modelo básico à disposição de empresas aéreas, com capacidade de transportar até 114 pessoas custa, em média, R$ 39,5 milhões. No caso do modelo presidencial, que teve que ser adaptado, a diferença se deve às mudanças solicitadas pelo governo.
O jato presidencial tem a capacidade para transportar até 54 pessoas. Além de uma área privativa para o presidente, a aeronave tem uma sala de reuniões e um sistema de comunicação que permitirá, entre outras coisas, acesso à internet, possibilitando que o presidente possa contactar seus auxiliares mesmo durante os voos.
Com uma autonomia de voo maior que a do modelo comercial, o avião é capaz de voar até 5.300 quilômetros, possibilitando voos sem escala a partir de Brasília para toda a América do Sul. Para as principais cidades da Europa e dos Estados Unidos, haverá necessidade de fazer um pouso para reabastecimento.
Além disso, de acordo com a assessoria da Aeronáutica, os motores do novo avião são mais econômicos e silenciosos que os dos antigos Boeings 737-200, em uso há mais de 30 anos e apelidados de "Sucatinhas". Segundo a Aeronáutica, os ruidosos turbojatos dos dois velhos Boeing já faziam o avião sofrer restrições de horários de operação ou mesmo a proibição de pousar ou decolar em algumas cidades dos Estados Unidos e da Europa.
De acordo com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, o Emb-190 tem uma configuração adequada às necessidades presidenciais e servirá para demonstrar ao mundo a capacidade produtiva da indústria brasileira. “O presidente vai gostar muito de andar nesse avião” afirmou o ministro. “Mas o que é fundamental é que é uma bandeira [fabricante] brasileira chegando em qualquer lugar do mundo”.
Um segundo avião do mesmo modelo deverá ser entregue à FAB até o fim do ano. “Já pagamos R$ 154 milhões para a Embraer e no ano que vem pagamos o restante. E pelo sorriso do vice-diretor [executivo de Defesa e Governo da Embraer] Orlando José Ferreira Neto, não haverá nenhuma dificuldade neste sentido”, brincou o ministro, informando que, possivelmente, a FAB deverá vender os antigos aviões por meio de licitação.
Fontes: Agências
Fontes: Agências
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