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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Ex-deputado Hildebrando Pascoal é julgado no Acre pelo 'crime da motosserra'


Após 13 anos de espera, está sendo julgado em Rio Branco o ex-deputado federal Hildebrando Pascoal. O julgamento começou às 9h e pode durar três dias.
Ao mesmo tempo em que atuava como parlamentar, ele chefiava o crime organizado no estado do Acre. Pascoal, 57 anos, está preso desde 1999 e já foi condenado a mais de 80 anos de prisão por dois homicídios, tráfico de drogas e crimes eleitorais e financeiros. Agora, será julgado por um crime brutal, que ficou conhecido internacionalmente como 'o crime da motosserra'. Em julho de 1996, Adilson Firmino dos Santos, conhecido como Baiano, foi torturado e morto. Braços, pernas e pênis foram cortados com uma motosserra. A vítima ainda teve os olhos furados e um prego cravado na testa. Na ocasião, o filho da vítima, de apenas 13 anos, também foi assassinado.
O acusado é Hildebrando Pascoal, coronel da Reserva da Polícia Militar do Acre e ex-chefe do crime organizado no Acre. O Ministério Público vai pedir pena máxima para o réu. Além de várias mortes atribuídas ao grupo de extermínio, Pascoal também é acusado de mandar matar quatro testemunhas do crime .
Entre 1995 e 1999, Hildebrando Pascoal foi deputado estadual no Acre. Em 1998, chegou a ser eleito deputado federal, mas ficou menos de um ano no cargo, em função das denúncias apuradas pela CPI do Narcotráfico. Em setembro de 1999, ele teve o mandato cassado por quebra de decoro parlamentar.
Em 2006, o ex-deputado federal foi condenado a 18 anos e seis meses de prisão pelo assassinato do soldado do Corpo de Bombeiros Sebastião Crispim, ocorrido em setembro de 1997. O Ministério Público Federal classificou a morte de Crispim como "queima de arquivo", já que o bombeiro iria testemunhar contra Pascoal sobre os crimes cometidos pelo chamado "Esquadrão da Morte". Acusado de ser o mandante do crime, ele se disse vítima de um complô. Chegou a chorar no tribunal.
Hildebrando Pascoal já havia sido condenado a 25 anos e 6 meses de prisão por homicídio triplamente qualificado, acusado de mandar matar um policial. O bombeiro iria testemunhar contra ele, mas foi morto antes disso.
Fontes: Agências

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