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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Final do ‘Miss Penitenciária’ no DF tem 12 detentas na passarela



Condenadas ao recolhimento desde que o destino as colocou em uma cela, 12 presidiárias da Penitenciária Feminina do Distrito Federal viveram uma segunda-feira (28) de sonho. Maquiadas, bem vestidas e sorridentes, elas esqueceram a rotina da prisão para demonstrar charme e beleza na passarela do Miss Penitenciária Distrito Federal 2009. Para chegar à final, elas tiveram de passar por uma seleção que analisou critérios de bom comportamento, aplicou testes de conhecimento e avaliou a beleza de 96 candidatas. Uma agência de modelos auxiliou na escolha das finalistas. Por volta das 10h30 da manhã desta segunda, elas começaram os preparativos no salão de cabeleireiro da penitenciária. Uma equipe de 12 profissionais de uma salão de beleza de Brasília cuidou dos cabelos, da maquiagem e até das unhas das meninas.
“A gente fica feliz porque descobre que pode ser bonita”, surpreende-se Luana Cardoso Lima, 19 anos, ao conferir o visual no espelho. Condenada a passar um ano e 11 meses na prisão, por envolvimento com o tráfico de drogas, Luana desfilou pela primeira vez em um concurso de miss. Moradora de Brazlandia, cidade próxima a Brasília, ela já cumpriu dez meses da pena e deve ganhar o direito a liberdade condicional em novembro deste ano. Da experiência na passarela, pretende tirar os caminhos para se afastar dos erros que a levaram à prisão: “A gente aprende a fazer unha, cuidar da maquiagem.” Na mesma situação, Valeria Aparecida Menezes Barreto, 27 anos, se emociona ao falar da passarela. Condenada a nove anos de prisão por envolvimento com tráfico de drogas, em 2008, ela desfilou na primeira edição do evento. Feliz por participar da edição desse ano, ela torce para que tenha sido a última vez. “Se Deus quiser, ano que vem não vou participar”, afirma Valeria, que já cumpriu dois anos e dois meses da pena e deve sair em liberdade condicional no começo de 2010. O envolvimento com tráfico de drogas, muitas vezes provocado pelo namorado ou marido, é o motivo que levou para trás das grades 60% das 458 internas da Penitenciária Feminina do Distrito Federal, diz a diretora do presídio, Deuselita Martins.
Fontes: Agências

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