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quarta-feira, 2 de março de 2011

Suposto empresário do futebol é indiciado por formação de quadrilha


A delegada Maria Nyza Moreira indiciou, na tarde desta terça-feira (1º), o empresário Marcelo Germano, acusado de fazer parte de uma quadrilha que enganava jovens que queriam ser jogadores de futebol, por formação de quadrilha e estelionato. Ele se apresentou espontaneamente na delegacia. Durante o interrogatório, que durou duas horas, ele teria chorado diversas vezes, negou todas as acusações e vai responder pelos dois crimes, em liberdade. Na semana passada, três homens que trabalhavam para ele foram presos no Hotel Maria, em Campo Mourão, na região Centro-Oeste do estado, acusados de pertencer à suposta quadrilha. Eles se passavam por olheiros de grandes clubes de futebol, como Flamengo, Fluminense e até dos ingleses Chelsea e Manchester United, para exigir dinheiro de jovens que queriam ser jogadores. “Ele foi evasivo, entrou em contradições durante o interrogatório e por conta disto foi indiciado. Ele não foi preso por não haver flagrante e também por não ter mandado de prisão expedido contra ele”, explicou a delegada. Maria Nyza disse, ainda, que, durante o interrogatório, o empresário deixou dúvidas quando citou os contatos com os clubes e a forma como eram realizados os contratos de participação nas convenções. “Ele deixou lacunas que acabaram caracterizando estelionato.”
Empresário deu entrevista coletiva
Após o interrogatório, o empresário concedeu entrevista coletiva na delegacia, onde negou as acusações. “A empresa, que está no mercado desde o ano passado, estava selecionando talentos para participar de um encontro, em março, em Guarapuava, onde os olheiros iriam observar o talento e oportunizar aos meninos uma chance do sonho de ser jogador de futebol. A intenção desse encontro, que seria em uma clínica de futebol, era que os meninos não ficassem desamparados. Eles teriam palestras com nutricionistas, psicólogas e com observadores de base”. Conforme o empresário, os olheiros não seriam de grandes clubes. “Não temos parceria com nenhum clube e, sim, os clubes é que têm a oportunidade de conhecer os ‘atletas’. Os observadores são de base e não da parte principal dos grandes clubes.” Germano disse ainda não estar autorizado a citar os nomes dos clubes dos quais viriam os olheiros. “Em clubes de primeira divisão, a seleção e a exigência são rígidas e os meninos teriam de ser maduros e muito bons no futebol”, explicou. A cobrança, segundo Germano, ocorria por conta dos investimentos da empresa.
Fontes: Agências

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