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domingo, 19 de outubro de 2008

Fim Trágico: Médicos confirmam morte cerebral de Eloá

O secretário de Saúde de Santo André, Homero Nepomuceno Duarte, confirmou na madrugada deste domingo (19) a morte cerebral da jovem Eloá Pimentel, 15 anos, que foi baleada na cabeça e na virilha, depois de 101 horas de cárcere privado imposto pelo ex-namorado Lindenbergue Alves, 22 anos. A morte cerebral foi declarada às 23h30 do sábado.
"Todas as artérias cerebrais apresentaram colapso circulatório, o que corrobora o diagnóstico de morte cerebral", afirmou Nepomuceno, que aguarda a decisão da família para a doação de órgãos.
Caso a família não opte pela doação, Eloá permanecerá ligada aos aparelhos e tomando medicamentos. "Não existe eutanásia no Brasil. Ela ficará ligada aos aparelhos até que a resolução se dê de maneira natural. O processo natural pode levar semanas", disse o secretário.
"A família não tem permissão de desligar os parelhos. Somente se a família decidir pela doação de órgãos, eles serão retirados aqui mesmo (no Hospital Municipal de Santo André)", explicou.
Durante a tarde do sábado, Eloá já não tinha apresentado atividade cerebral no primeiro exame neurológico. No entanto, o protocolo médico exige uma segunda bateria de exames após intervalo de seis horas para confirmar a morte cerebral.
Um dos tiros atravessou o crânio e ficou alojado próximo da nuca de Eloá. Os médicos optaram em não retirar a bala porque os danos seriam maiores. Os pais e os dois irmãos ficaram ao lado da jovem na UTI na maior parte do tempo que ela passou no hospital.
Segundo a diretora geral do Centro Hospitalar de Santo André, Rosa Aguiar, a família acreditou até o último instante que ela poderia sair do coma. "Todo o tempo a família tinha fé", disse Rosa, que ressaltou o trabalho de apoio psicológico aos parentes realizado pelo hospital.
Enquanto era anunciada oficialmente a morte cerebral de Eloá, amigos da adolescente ajoelharam-se em frente ao hospital e começaram a rezar, recitando aos gritos passagens da Bíblia. Muitos choravam abraçados, lamentando a morte da jovem.
Seqüestro O suspeito Lindembergue Alves, 22 anos, invadiu o apartamento da família da ex-namorada Eloá, na tarde de segunda-feira. Ela estava acompanhada da amiga Nayara e de dois colegas de escola. Eles fariam um trabalho para aula quando todos foram rendidos.
Lindembergue libertou os dois adolescentes na segunda-feira e Nayara na terça-feira, após mantê-la no apartamento por 33 horas. O seqüestro teria sido motivado pela recusa de Eloá de reatar o namoro. Na quinta-feira, Nayara voltou ao apartamento onde estavam Lindembergue e Eloá.
Equipe chega a hospital para recolher órgãos de Eloá.
Uma equipe do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia chegou, por volta das 12h deste domingo (19), ao Centro Hospitalar de Santo André, no ABC, para iniciar o processo de retirada dos órgãos da estudante Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, que teve morte cerebral. A família da jovem, baleada pelo ex-namorado Lindemberg Alves após 100 horas como refém, autorizou nesta manhã a doação dos órgãos.O primeiro procedimento dos médicos antes da retirada dos órgãos é fazer exames para saber que tipo de doadora é Eloá. Esse processo pode durar de seis a 12 horas, de acordo com o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, que foi ao centro hospitalar no início desta tarde acompanhado de Luiz Antonio Marrey, titular da Justiça. Eles disseram que foram prestar solidariedade às famílias de Eloá e de Nayara Silva.A previsão de Barradas é que os órgãos comecem a ser retirados entre 22h e meia-noite deste domingo. “Não sabemos ainda quais serão os receptores”, disse o secretário de Saúde, que ainda elogiou a opção da família pela doação.
Segundo a diretora do hospital, Rosa Maria Aguiar, o telefonema autorizando a doação foi dado por um irmão de Eloá. Logo após a ligação, o hospital acionou a Organização À Procura de Órgãos (OPO) ligada ao Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Após a retirada dos órgãos, o corpo de Eloá será encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Santo André, já que ela teve morte violenta.A confirmação da morte cerebral foi feita a partir de uma série de exames, que foram repetidos com um intervalo de seis horas neste sábado (18). Entre eles, exames laboratoriais, para analisar a dosagem de gases diluídos no sangue da paciente, exames de reflexos neurológicos e motores e um último, “que constatou a ausência de fluxo sanguíneo pelas artérias cerebrais”, explicou Nepomoceno. “Juntos, realizados em períodos diferentes, e com o mesmo diagnóstico eles confirmam a morte cerebral”.

Família autoriza doação de órgãos de Eloá.
A família da estudante Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, autorizou na manhã deste domingo (19) a doação de órgãos da adolescente, que teve morte cerebral confirmada às 23h30 de sábado (18). Nesta manhã, um irmão de Eloá ligou para a diretora do Centro Hospitalar de Santo André, Rosa Maria Aguiar, dando a autorização.
Segundo a médica, ainda não é possível saber quais órgãos serão aproveitados. "Antes da retirada dos órgãos, há uma série de protocolos e exames", afirmou. Os pais da adolescente ainda precisam assinar uma autorização. Logo após a ligação do irmão de Eloá, o hospital acionou a Organização À Procura de Órgãos (OPO) ligada ao Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia.
Depois da retirada dos órgãos, o corpo de Eloá será encaminhado ao Instituto Médico-Legal de Santo André, já que ela teve morte violenta.

Confirmação da morte A confirmação da morte cerebral de Eloá foi feita a partir de uma série de exames, que foram repetidos com um intervalo de seis horas neste sábado. Entre eles, exames laboratoriais, para analisar a dosagem de gases diluídos no sangue da paciente, exames de reflexos neurológicos e motores e um último, "que constatou a ausência de fluxo sanguíneo pelas artérias cerebrais", explicou Nepomoceno. "Juntos, realizados em períodos diferentes, e com o mesmo diagnóstico eles confirmam a morte cerebral

100 horas de terror
Eloá e a amiga Nayara Silva, de 15 anos, ficaram feridas no desfecho de um seqüestro que durou mais de 100 horas. Na segunda-feira (13), por volta das 13h30, motivado por ciúmes, Lindemberg Alves, de 22 anos, antes considerado calmo pelos amigos, invadiu o apartamento da ex-namorada e chegou a manter quatro reféns. No mesmo dia, ele libertou dois adolescentes que estavam no local para realizar um trabalho escolar de geografia. No dia seguinte, libertou Nayara. Entretanto, como parte das estratégias de negociação, a adolescente voltou ao apartamento na manhã de quinta-feira (16). O jovem chegou a falar em entrevistas por telefone que iria libertar também a ex-namorada, mas as negociações não avançaram. Um promotor de Justiça esteve na sexta-feira (17) no local com um documento que dava garantia de que o seqüestrador não seria ferido ao se entregar. O advogado do rapaz disse que essa era uma de suas exigências, e havia expectativa de que ele se entregasse no começo da noite. Quando a polícia organizava uma coletiva de imprensa para falar sobre as negociações foi ouvido um estrondo. Às 18h08, a PM afirma que policiais que estavam em um apartamento ao lado do cativeiro ouviram um tiro disparado pelo seqüestrador. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) explodiu a porta e deteve Lindemberg. A adolescente Nayara deixou o apartamento andando, enquanto Eloá, carregada, foi levada inconsciente para o hospital. O seqüestrador, sem ferimentos, foi levado para a delegacia e, depois, para a cadeia pública da cidade. No sábado, foi levado para o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo.
Fontes: Agências





Um comentário:

Hélida disse...

Eloá,Estamos Aqui Sempre Lembrando De Vc Com Todo O Carinho,E Clamando Por Mais Justiça Nesse País!!!Fica Com DEUS,E Que Voçê Esteja Em Paz!!!