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terça-feira, 28 de outubro de 2008

Mantega antecipa anúncio de R$ 3 bi para construção civil


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou nesta terça-feira, em Brasília, que o governo anunciará uma nova linha de financiamento para o setor de construção civil no valor de R$ 3 bilhões. A medida, que será detalhada nesta quarta-feira, servirá para financiar o capital de giro das empresas, a custos mais baixos que os praticados atualmente no mercado.
De acordo com o ministro, que participa do 3º Encontro Nacional da Indústria, o governo está atuando para enfrentar problemas gerados pelo prolongamento da crise financeira mundial e neste momento tem se focado na questão do crédito.
"Temos que superar estes problemas e os mais imediatos são (aqueles referentes) à questão do crédito. Não é para beneficiar o setor financeiro e sim para beneficiar o setor produtivo", explicou Mantega.
De acordo com ele, nos últimos anos o governo estabeleceu "uma estratégia de desenvolvimento que valoriza investimentos em setores-chave, como construção civil, infra-estrutura, automobilístico e energia alternativa". Segundo Mantega, este projeto não terá suas diretrizes alteradas por conta da crise.
"Esse é um modelo que veio para ficar. A crise não muda em nada essa diretriz que nós temos", explicou, ressaltando que a equipe econômica não está disposta a fazer "uma política pacífica", mas trabalhar ativamente para minimizar os efeitos da crise no Brasil.
"Passado este momento, o mais emergencial é fazer uma política anticíclica", disse o ministro, explicando que o mecanismo garante que o governo possa poupar recursos em momentos de forte crescimento e utilizar esses recursos em casos de necessidade.
Mantega voltou a explicar que a medida provisória que permitiu ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal a compra de ativos de instituiçõs financeiras não significa que o governo esteja disposto a estatizar bancos.
"Não tem nada a ver com estatização. Queremos resolver problemas emergenciais. Se tem banco privado para resolver, ótimo, se não, tem os bancos públicos. Queremos manter o patamar de crescimento", concluiu Mantega.

Fontes: Agências

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