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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Valério deixa sede da PF em BH e segue para SP


O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, preso nesta manhã, deixou a sede da Polícia Federal em Belo Horizonte (MG) às 17h10. Valério, que ficou conhecido pelo envolvimento no caso do mensalão, será transferido para São Paulo, juntamente com os outros três presos na capital mineira na Operação Avalanche da PF, que ocorre nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo.
Valério saiu no último carro em um comboio de três veículos, deitado no banco de trás. Ele e outros três suspeitos devem prestar depoimento em São Paulo. Além do empresário, também está entre os presos Rogério Tolentino, advogado da empresa de publicidade SMP&B.
Segundo a Polícia Federal, no total, 30 mandados de busca e apreensão e foram cumpridos 17 mandados de prisão contra policiais federais, civis, despachantes, advogados e empresários, entre eles, Valério. Em Belo Horizonte, foram presas quatro pessoas. A PF também apreendeu cerca de R$ 700 mil, entre reais e moedas estrangeiras.
Conforme a PF, o bando recebia informações privilegiadas sobre empresas com dívida na Receita Federal. Com base nesses dados, eles pediam dinheiro aos empresários em troca da promessa de resolver os problemas deles junto à Receita.
A Polícia Federal informou ainda que não há nenhuma ligação entre a prisão e o caso do mensalão. Valério é um dos 40 denunciados pelo esquema do mensalão, processo que corre no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi apontado como o operador do suposto esquema de compra de apoio político pelo governo no Congresso.
A denúncia do mensalão foi feita pela Procuradoria Geral da República em 2006, acatada pelo tribunal em agosto do ano seguinte e convertida em ação penal em 12 de novembro.
Divididos em gruposA investigação da PF agiu em três linhas, dividindo o grupo suspeito em três. O primeiro grupo, por meio de contatos públicos como Polícia Civil e Federal, Receita Federal e Estadual obteria informações privilegiadas sobre determinados empresários que apresentavam problemas com o Fisco e com base nesses dados praticavam extorsão, exigindo valores em troca de uma possível solução.
O segundo grupo atuaria em fraudes fiscais praticando importações ilegais por meio de empresas de fachada e contava com a ação de despachantes aduaneiros no Porto de Santos. Já o terceiro grupo foi identificado quando uma empresa que havia sido autuada pela Receita Estadual em mais de R$ 100 milhões, usou como defesa a desmoralização dos fiscais responsáveis pela fiscalização.
Os envolvidos responderão por crimes de corrupção ativa e passiva, extorsão, formação de quadrilha, contrabando e descaminho, quebra de sigilo e divulgação de dados sigilosos. As penas somadas podem chegar a 15 anos de prisão.

Fontes: Agências

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