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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Preso acusado de violentar e matar enteado


Com hematomas nas pernas, braços e pescoço, hemorragia interna e laceração no ânus, o corpo de um garotinho, de apenas 2 anos, chegou ao Instituto Médico-Legal. Ele foi vítima de espancamentos e violência sexual, praticados na noite de terça-feira em sua casa, na Rua Maceió, Cajuru. O principal suspeito é o padrasto do menino, o funileiro Fagner Ferreira Batista, 20, preso em flagrante pela Delegacia de Homicídios.Há cerca de um mês, Fagner foi demitido e ficava em casa para cuidar do enteado. A mulher dele saía por volta das 7h30 para trabalhar e só retornava no início da noite. Nesse período, o funileiro cuidava do menino, que criava desde os 8 meses de idade e por quem era chamado de pai. GritosNo início da semana, uma vizinha ouviu os gritos desesperados do menino e tentou entrar na casa para ver o que acontecia. Fagner não abriu a porta e aumentou o volume do aparelho de som, para abafar o choro da criança.
Na noite de terça-feira, quando a mãe chegou do trabalho, o funileiro não permitiu que ela visse o filho, alegando que a criança já estava dormindo. Ela não imaginava que o bebê já estava morto. Na manhã seguinte, quando saiu para trabalhar, percebeu que o garotinho estava gelado e, acreditando que apenas passava frio, o cobriu. Quando estava no ponto de ônibus, Fagner correu até ela e disse que havia encontrado o enteado morto no berço. O corpo deu entrada no IML às 10h30 de quarta-feira, como se tivesse morrido por problema clínico.HomicídioDe acordo com o delegado Edward Ferraz, responsável pelo caso, na tarde de quarta-feira o casal foi à Delegacia de Homicídios retirar a guia de necropsia para poder enterrar o bebê. No momento que estavam lá, o médico-legista do IML informou aos policiais que a criança havia sido assassinada. Fagner foi detido na delegacia e, na casa dele, foi encontrada uma plantação de maconha, o que lhe rendeu prisão em flagrante por tráfico de drogas. “Ele será indiciado por homicídio, maus-tratos e atentado violento ao pudor. A mulher dele poderá responder por omissão, pois mesmo vendo o filho morto não quis nos passar informações importantes em defesa do amásio”, finalizou o delegado.
Apenas “palmadinhas”
Fagner negou ter espancado e violentado o enteado. Garantiu que considerava o menino um filho e que dava apenas “palmadinhas” na mão e no bumbum do menino quando ele fazia manha.
“Se alguém o violentou, foi no IML, depois que morreu. Eu seria incapaz de fazer qualquer coisa, apesar de ser o único que ficava com o menino o dia inteiro”, afirmou o funileiro.
Ele contou, com naturalidade, que apanhava o menino no berço e o colocava na cama para dormir com ele, depois que a mulher saía para trabalhar. Fagner contou que aumentava o volume do som a pedido do enteado.SangueNo banheiro da casa dele, a polícia encontrou uma toalha suja de sangue, que será submetida a perícia para verificar de quem são os vestígios. A polícia também aguarda o resultado do IML para saber se havia sêmem no corpo da vítima. “Se me testassem com uma máquina da verdade saberiam que eu não estou mentindo”, garantiu o acusado.

Fonte: O Estado do Paraná

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