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terça-feira, 21 de outubro de 2008

Cerca de 11,8 mil passam por velório de Eloá




Cerca de 11,8 mil passam por velório de Eloá
A Guarda Civil de Santo André informou que, até as 21h30, cerca de 11,8 mil pessoas passaram pelo velório de Eloá Cristina Pimentel, 15 anos, morta depois de ser feita refém por mais de 100 horas. De acordo com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), 13 pessoas passaram mal durante a cerimônia e duas tiveram que ser removidas.
Em média, 2,4 mil pessoas por hora passam pelo velório de Eloá. Milhares de curiosos fazem fila para ver o corpo da jovem. De acordo com o Samu, uma das pessoas que teve de ser removida do cemitério estava alcoolizada e a outra, grávida.
CamisetasValdir Roque de Oliveira, 21 anos, irmão de Yago, que chegou a ser mantido refém junto de Eloá, afirmou que ele e outros amigos mandaram fazer camisetas com a foto da vítima. No verso da blusa, há um trecho da letra da música preferida dela: 1 minuto, do cantor D'Black. "A culpa não foi sua, os caminhos não são tão simples, mas vou seguir", diz a música.
Cerca de 500 camisetas foram distribuídas para familiares e amigos de Eloá.
Alice Muniz da Silva, 61 anos, avó de um dos amigos da jovem, estava indignada porque não conseguia ver o corpo de Eloá com o grande volume de pessoas no local. "É um abuso desse povo, a maior parte dos que estão aqui são curiosos", afirmou Alice, que descreveu Eloá como uma menina simpática e muito feliz.
SeqüestroLindemberg Alves, 22 anos, invadiu o apartamento da família da ex-namorada Eloá Cristina Pimentel, 15 anos, na tarde de segunda-feira da semana passada. Armado com um revólver, o jovem fez reféns, além da ex-namorada, uma amiga dela, Nayara, 15 anos, e dois colegas de escola, que estavam no local para fazer um trabalho para a aula. A ação foi motivada pela recusa de Eloá em reatar o namoro.
O seqüestrador libertou os dois adolescentes no mesmo dia. Nayara foi libertada no dia seguinte, após passar 33 horas no apartamento. Já na quinta-feira, Nayara voltou ao cativeiro. Segundo a polícia, a jovem foi chamada para ajudar nas negociações e decidiu entrar no apartamento por conta própria.
A polícia invadiu o apartamento por volta das 18h10 de sexta-feira, depois de mais de 100 horas de cativeiro. Eloá foi baleada na virilha e na cabeça, e Nayara, na boca. Segundo a Polícia Militar, os tiros partiram da arma de Lindemberg. Na ação, o jovem foi detido e Eloá e Nayara levadas para o hospital.
Médicos anunciaram a morte cerebral de Eloá às 23h30 deste sábado. Os órgãos foram liberados para doação pela família. Nayara passa bem e deve receber alta nos próximos dias.
Lindemberg, que está preso no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros (CDP), na zona oeste de São Paulo, responderá por homicídio e dupla tentativa de homicídio, segundo a polícia.
Fontes: Agências


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