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domingo, 21 de dezembro de 2008

Teste em brinquedos constata presença de substância prejudicial à saúde


Teste feito com 31 brinquedos detectou a presença da substância ftalato nos produtos em volume superior ao permitido por lei. Segundo o gerente de Informação do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Carlos Thadeu, com exceção de um dos brinquedos analisados, os demais tinham o certificado de qualidade do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).
Os brinquedos foram testados pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo, a pedido do Idec. Dos 31 produtos, 17 eram feitos de PVC flexível. Oito apresentaram quantidade de ftalato maior do que a permitida pela legislação brasileira.
O ftalato é um composto químico utilizado para amolecer e deixar o PVC mais resistente. Segundo Carlos Thadeu, se essa substância for ingerida por crianças, pode causar danos ao fígado, aos rins e ao sistema reprodutivo.
Em setembro do ano passado, foi publicada a norma que restringe a utilização do ftalato nos brinquedos. O limite é de 0,1% da substância na composição de produtos feitos de PVC. Os fabricantes tiveram prazo até abril deste ano para se adaptar à nova regra. A pesquisa do IPT foi feita com amostras de brinquedos comprados no último mês de outubro, que apresentaram quantidades até 390 vezes maiores de ftalato que a permitida por lei.
Segundo Thadeu, os fabricantes e o Inmetro alegaram que os brinquedos foram fabricados antes da norma e estavam nos estoque das lojas. Para ele, em tal situação, os brinquedos deveriam ter sido recolhidos. “Na nossa interpretação, isso seria um caso para recall [convocação aos consumidores para sanar falhas detectadas em produtos]. O consumidor não tem como saber quando foi fabricado o brinquedo, porque os brinquedos não trazem a data de fabricação”.
Carlos Thadeu sugere ao consumidor que evite comprar esse tipo de produtos.“Se você vai dar um presente para uma criança de até 3 anos, evite dar um brinquedo feito de PVC flexível”, aconselha.
O Idec vai pedir às empresas recall (substituição para quem comprou produtos fora do padrão) e recolhimento imediato dos que ainda estão no mercado.
As substâncias tóxicas, que podem oferecer riscos à saúde, foram detectadas em oito dos 17 produtos testados. Os produtos devem ser recolhidos
O Idec testou também 31 produtos de 19 empresas (incluindo os 17 que passaram por testes de ftalatos) para avaliar a presença de metais pesados - como os níveis de antimônio, arsênio, bário, cádmio, chumbo, cromo, mercúrio e selênio.

Fontes: Agências e a Tribuna do Norte do Paraná

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