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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Operação prende oito e fecha três empresas


Uma operação desencadeada pela Delegacia de Estelionato de Maringá prendeu, temporariamente, sete pessoas em Maringá e uma em Ponta Grossa, ontem, por volta das 6h30. Todos os detidos são suspeitos de integrar quadrilha que aplicava golpes em empresas fornecedoras de produtos alimentícios em outras regiões do Paraná.Além das prisões, foram apreendidos computadores, notas fiscais e outros documentos. O material será analisado e pode conter provas sobre a ação da quadrilha e possíveis vítimas.A investigação começou no ano passado, após Um golpe realizado em Ponta Grossa, que resultou no prejuízo de R$ 3 milhões para um grupo de fornecedores. O esquema começa com a abertura de uma empresa, com nomes de pessoas fictícias ou que tiveram documentos furtados. Na seqüência, compra-se produtos de fornecedores, pagando-os em dia, a fim de conquistar crédito. Depois, os golpistas compram um grande volume de produtos a prazo e, após receber as mercadorias, fecham as portas da empresa. Os produtos são vendidos mais tarde. O golpe é conhecido como “araras” no meio policial. O delegado da 9ª Subdivisão de Polícia Civil (SDP), Márcio Vinícius Ferreira Amaro, três empresas foram abertas pelo grupo – duas em Maringá e uma em Londrina. Aparentemente, os golpistas não tinham agido ainda contra fornecedores de Maringá. A avaliação dos documentos apreendidos deve mostrar se houve compras não pagas na cidade. “Eles (golpistas) estavam devidamente preparados e tinham, sim, o propósito de praticar golpes em Maringá”, comenta o delegado.Ao todo, oito mandados de busca, apreensão e prisão foram executados, de um total de 13. Foram presos Ana Claudia Choeri, Jonathan Idalina dos Santos, Neuza Ribeiro, Rogério Rodrigues da Silva, Rosa Maria Ribeiro de Souza, Sérgio Spanack e os dois suspeitos de liderar o grupo, os irmãos Ronan e Roberto José de Souza. As três empresas também foram fechadas – estavam localizadas no Maringá Velho e na Avenida Nildo Ribeiro da Rocha. Segundo o delegado, é possível que mais pessoas estejam envolvidas no esquema, mas que ainda não foram descobertas. A Polícia Civil também informou que pode haver uma ramificação na região de Presidente Prudente (SP).Além de gerar prejuízo para fornecedores, a prática colocou vida de algumas pessoas em risco. Um homem que soube das prisões ontem, pelo site de O Diário, disse que chegou a ser confundido como integrante do grupo. “Trabalhei para eles (golpistas) em Ponta Grossa. Na época, recebi muitas ameaças de morte de fornecedores que vendiam para eles, porque achavam que também estava envolvido”.

Fonte: O Diário do Norte do Paraná

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