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domingo, 8 de março de 2009

Paranaense sofre angústia da espera na Indonésia.


O caso do surfista paranaense Rodrigo Gularte, de 36 anos, que foi condenado à morte na Indonésia após ser preso por tráfico de drogas no local em 2005, está sem definição. Mesmo depois de tantos anos preso, não há informações sobre quando ou onde o rapaz seria executado.
Aliás, é essa a principal dúvida dos organismos de direitos humanos - nacionais e internacionais - que vêm defendendo o retorno do rapaz para o Brasil. A família não dá declarações à imprensa, assim como a advogada dele, Lisiane Gularte. Até agora, o que se sabe é que todo o esforço desses organismos parece ser em vão. A única saída para Gularte, segundo o presidente da Comissão de Relações Internacionais do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato - que acompanha o caso e luta pela volta do surfista ao Brasil - seria o indulto da presidência da Indonésia.
“Mas isso é raríssimo”, afirmou Busato. Segundo ele, tudo que se podia fazer para tentar trazer Gularte a sua terra natal está sendo feito. Mas as esperanças são poucas. “O caso dele é muito difícil, de pena de morte. O tráfico de drogas é um crime gravíssimo lá. Mas vamos até as últimas instâncias”, lamenta o advogado. No ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a tratar sobre o caso com o presidente indonésio, que esteve no Brasil, mas até agora não há novidades, como informa o Ministério das Relações Exteriores.
Segundo a assessoria do Ministério, o governo brasileiro também está fazendo de tudo para que Gularte volte, com vários pedidos de clemência, mas ainda não há respostas do governo indonésio.
O ministério também informou que não sabe como anda a situação jurídica de Gularte. No entanto, Busato afirmou que a sentença de morte já existe. “Na parte jurídica já não há muito mais o que fazer”, disse.A reportagem entrou em contato com o Setor de Assistência aos Brasileiros no Exterior na Indonésia, que não informou sobre uma possível data da execução. Por e-mail, o órgão afirmou que Gularte “está bem de saúde, sendo atendido pela embaixada constantemente”.
O e-mail informou, ainda, que Gularte tem recebido “remessas de alimentos e material de leitura do Brasil” e que familiares dele têm o “visitado e sido atendidos pelo chefe da embaixada”. A embaixada informou também que o rapaz recebeu a visita do embaixador na prisão e que o Itamaraty tem prestado a assistência jurídica necessária ao rapaz. O e-mail afirma também que os presidente Lula e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, intercederam pessoalmente por Gularte quando estiveram na Indonésia, em 2008.
Gularte tinha seis quilos de cocaína na prancha de surfe
Rodrigo Gularte foi preso em julho de 2004 no aeroporto Internacional de Jacarta (capital da Indonésia) quando tentava passar pelo raio-X com pelo menos seis quilos de cocaína escondidos numa prancha de surfe.
Outros dois amigos de Gularte também foram detidos, mas liberados em seguida, pois ele assumiu sozinho a posse das drogas. Os três estavam indo para Bali, um dos locais preferidos dos surfistas.Segundo a Embaixada Brasileira na Indonésia, Gularte está em uma prisão de segurança máxima, a SMS Pasir Putih, localizada a dois dias de viagem de Jacarta. Quando foi preso, ele foi levado para a prisão de Cipinang, em Jacarta, mas foi transferido para a SMS em 2007. Antes de ir para Jacarta, Gularte morava em Florianópolis, Santa Catarina, onde estudava Administração. Naquele dia, ele viajou até Curitiba, de carro, com as pranchas e embarcou no Aeroporto Internacional Afonso Pena. Passou por São Paulo e por Johannesburgo, na África do Sul e, depois, seguiu para Jacarta.O caso de maior repercussão envolvendo brasileiros e tráfico na Indonésia é o do instrutor de vôo carioca, Marco Archer Cardoso Moreira, 48 anos. Em agosto de 2003 ele também foi flagrado, no aeroporto de Jacarta, com 13 quilos de cocaína escondidos em seu equipamento.
Ele conseguiu fugir, mas foi capturado na Ilha de Sunbawa. Ele também já teve pedidos de clemência negado, e ainda não foi executado. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, estima-se que haja cerca de três mil brasileiros presos no exterior.
Fontes: Agências

Um comentário:

kuniyoshi disse...

gastando dinheiro público para defender e se entrometer em assuntos de outros países logo lula que não condena a pena de morte em cuba.