Os seguranças que nos anos 70 flagraram Ivan surrupiando latinhas de Nugget no supermercado Jumbo, um corpinho mirrado e aquela cara de gato flagrado com o canário na boca, não poderiam imaginar que o pivete seria, três décadas mais tarde, o maior assassino em série da cidade. Santos voltou a ser preso no dia 21 deste mês, após tentar matar a namorada, também moradora de rua, a facadas. No interrogatório, ele confessou que tentou matar a companheira porque ela o chamou de assassino. E qual o motivou ela a falar isso? Santos passou a mão pelos cabelos grisalhos e começou a falar, um a um, sobre os seis assassinatos que cometeu, desde os 15 anos em Maringá e região. A polícia investiga se há mais casos. Ele chegou a admitir o assassinato de um outro andarilho no Jardim América – que elevaria para sete o total de vítimas – mas depois recuou, dizendo ter confundido o crime.
A mãe foge
Dormir no chão não é novidade para o preso. Nascido em 9 de outubro de 1967, Índio morava na favela que anos depois seria substituída pelo Conjunto Santa Felicidade. Cama era artigo de luxo. O pai vivia bêbado e fazia bicos como assassino de aluguel. A mãe também bebia e os quatro filhos cresciam soltos pela vizinhança, sem nunca pisar em uma escola. Índio diz se lembrar da mãe carregando trouxas de roupas para lavar em um córrego que passava pelos fundos do Parque do Ingá. E foi neste córrego que a família, já decadente, se desintegrou. Certo dia, a mãe avisou que iria comprar pães e nunca mais apareceu. “Ficamos lá, no meio do mato, sem saber o que fazer”, diz, visivelmente amargurado. A molecada conseguiu chegar em casa, mas com a fuga da mãe o pai também não quis saber de compromisso. Divididas entre as tias, cada criança seguiu um destino. Índio era obrigado a limpar a casa e a lavar roupas da tia. Nas vezes em que desobedecia, apanhava e ficava sem comida o dia todo. Aos 9 anos fugiu de casa para viver na rua, de onde só saiu nas várias vezes em que foi preso.
A mãe foge
Dormir no chão não é novidade para o preso. Nascido em 9 de outubro de 1967, Índio morava na favela que anos depois seria substituída pelo Conjunto Santa Felicidade. Cama era artigo de luxo. O pai vivia bêbado e fazia bicos como assassino de aluguel. A mãe também bebia e os quatro filhos cresciam soltos pela vizinhança, sem nunca pisar em uma escola. Índio diz se lembrar da mãe carregando trouxas de roupas para lavar em um córrego que passava pelos fundos do Parque do Ingá. E foi neste córrego que a família, já decadente, se desintegrou. Certo dia, a mãe avisou que iria comprar pães e nunca mais apareceu. “Ficamos lá, no meio do mato, sem saber o que fazer”, diz, visivelmente amargurado. A molecada conseguiu chegar em casa, mas com a fuga da mãe o pai também não quis saber de compromisso. Divididas entre as tias, cada criança seguiu um destino. Índio era obrigado a limpar a casa e a lavar roupas da tia. Nas vezes em que desobedecia, apanhava e ficava sem comida o dia todo. Aos 9 anos fugiu de casa para viver na rua, de onde só saiu nas várias vezes em que foi preso.
Fonte: O Diário do Norte do Paraná
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