Nove suspeitos de integrar quadrilha de assalto a ônibus são detidos pela polícia

Uma operação policial desencadeada no início da manhã desta quinta-feira (18) resultou na detenção de nove homens suspeitos de envolvimento em roubo a ônibus de turismo na região de Maringá. Nas casas de dois supostos integrantes da quadrilha, a polícia encontrou cinco armas, munições de calibres variados – incluindo cartuchos calibre .45, de uso restrito das forças armadas -, simulacro de pistola, crack e uma balança de precisão. De acordo com o delegado Márcio Vinícius Amaro, que responde pela chefia da 9ª Subdivisão Policial (SDP), as investigações tiveram início no final do ano passado depois de uma equipe da Polícia Militar abordar e fotografar um grupo de homens suspeitos de assaltar, no trevo de acesso a Floresta (28 quilômetros de Maringá), um ônibus que seguia em direção ao Paraguai. Apesar das evidências do envolvimento do grupo no crime, a PM não encontrou armas ou qualquer prova que pudesse incriminá-los. Informada da abordagem, a Polícia Civil de Maringá passou a manter o grupo sob monitoramento e, desde então, apenas dois assaltos foram registrados no trevo de acesso à Floresta. Confiante de que estava no caminho certo, a polícia apresentou as evidências ao Poder Judiciário, que expediu nove ordens de busca e apreensão contra os investigados. A operação foi levada a cabo no início da manhã de hoje, envolvendo três delegados, dois escrivães e 25 investigadores da Seção de Homicídios, Furtos e Roubos (SHFR), da 9ª SDP. Na casa do construtor Ademir Vasconcelos, 39 anos, conhecido como “Caveira”, residente em Sarandi, os policiais encontraram uma pistola calibre 380; um revólver calibre .38; mais de 60 cartuchos intactos de calibres variados; 150 gramas de crack – quantidade suficiente para produzir 750 porções da droga -; e uma balança de precisão.Na residência do metalúrgico Pedro Domingos Mayan, 39 anos, cunhado de Vasconcelos, também de Sarandi, foram apreendidas uma carabina calibre 12; uma pistola 7.65; um revólver calibre .32 e munições. Vasconcelos e Mayan – que não possuem antecedentes criminais - negaram envolvimento nos roubos e disseram que usavam as armas para defesa pessoal. Sobre as munições calibre .45, Vasconcelos explicou que teria recebido os cartuchos por engano de um suposto vendedor. O delegado Nilson Rodrigues da Silva, que participou da operação, confirmou ter localizado uma chácara, situada nas imediações do Rio Ivaí, município de Floresta, suspeita de ter sido utilizada como esconderijo da quadrilha. De acordo com o delegado, o rápido acesso à propriedade explicaria a facilidade com que o grupo desaparecia após os assaltos. Outros dois homens suspeitos de dar cobertura nos assaltos já foram identificados, mas não tiveram os nomes divulgados. A 4ª Companhia de Polícia Rodoviária (Cia.PRv), de Maringá, confirmou que a quadrilha começou a agir no ano de 2007, quando seis assaltos foram registrados no trevo de Floresta, sendo dois contra ônibus de sacoleiros e quatro contra ônibus de linha. Em 2008, foram registrados quatro assaltos contra sacoleiros e, neste ano, dois roubos. Em alguns ataques, a quadrilha chegou a agredir passageiros a golpes de coronhadas e disparar tiros contra veículos que tentaram escapar das abordagens.
Fonte: O Diário do Norte do Paraná