O andarilho Ivan Aparecido dos Santos, 42 anos, foi preso na noite de sexta-feira (20), em Maringá, instantes depois de desferir duas facadas contra a amásia, Maria Fátima da Silva Santos, 42 anos. Levado à delegacia, Ivan – que tem antecedentes criminais e condenações que somam mais de 40 anos de reclusão por tentativa de homicídio, tentativa de latrocínio, estupro, atentado violento ao pudor, roubo, furto e tráfico de drogas - confessou a autoria de outros quatro assassinatos na região e deu uma justificativa para seus crimes: “Folgou comigo, eu mato mesmo”. De acordo com a Polícia Civil, o crime que resultou na prisão do andarilho aconteceu por volta das 22h30 em uma rua erma situada nas imediações da Secretaria de Serviços Públicos (SSP) – antigo Saop – localizada na Avenida das Industrias, Jardim América, zona norte da cidade. Após uma discussão com a amásia, Ivan a atacou com dois golpes de faca, ferindo-a no punho e lado esquerdo do peito. Aproveitando a falta de testemunhas, ele carregou a amásia nos braços e a deixou sobre a calçada, defronte a SSP. Ao presenciar a cena, o vigilante municipal João Voltolini Sobrinho acionou o Siate e a Polícia Militar. Com a chegada dos policiais, Ivan relatou que a amásia havia sido atacada por um travesti, o qual descreveu como moreno e alto. Depois de apresentar a versão, Ivan embarcou na ambulância do Siate e seguiu com a amásia para o Hospital Universitário (HU). Buscas foram feitas em toda região do Jardim América, mas o suposto agressor não foi localizado. Momentos depois, o vigilante da SSP voltou a ligar para o 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM), informando ter encontrado a faca usada no crime. De volta ao local, os policiais notaram que a versão apresentada pelo andarilho não coincidia com a cena do crime. Reencontrado no HU, Ivan admitiu ser o autor do crime e explicou que havia tentado matar a amásia porque ela o teria chamado de assassino. Só então ele confessou envolvimento em na morte de um casal de andarilhos na cidade de Marialva, crime, segundo ele, ocorrido há cerca de quatro meses dentro de uma casa abandonada. “Eu matei o cara e ela (Maria) matou a mulher”, disse Ivan, que recebeu voz de prisão em flagrante e foi conduzido ao plantão da 9ª Subdivisão Policial (SDP). A Polícia Civil confirmou que Ivan tem uma extensa ficha criminal – iniciada em outubro de 1987 – por uma série de crimes violentos e condenações que, somadas, passariam de 40 anos de reclusão. Na mais recente delas, ocorrida em janeiro de 2006 na comarca de Mandaguari, Ivan foi condenado a 27 anos e 11 meses de reclusão por tentativa de latrocínio. Questionado sobre porque está em liberdade, o andarilho explicou que o Ministério Público teria cometido um equivoco e expedido seu alvará de soltura por engano.
Fonte: O Diário do Norte do Paraná
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