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terça-feira, 18 de novembro de 2008

Lavínia, a quarta menina morta em dez dias


O corpo de Lavínia Rabech da Rosa, de 9 anos, foi sepultado na tarde de ontem, no cemitério municipal do Boqueirão, em Curitiba, sob clima de comoção. A menina foi encontrada morta em sua cama na madrugada de domingo. A mãe da vítima, Maura Rosa, precisou de atendimento médico.O suspeito da morte da criança, Mariano Torres Ramos Martins, de 45 anos, foragido da colônia penal agrícola de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, foi preso em flagrante . Preliminarmente, tem-se a informação de que ela foi assassinada por estrangulamento. O IC recolheu, na madrugada de domingo, da cama onde Lavínia Rabech da Rosa, de 9 anos, foi encontrada morta um lençol ainda molhado, o qual, segundo a polícia, teria manchas de sangue. Com o laudo a ser divulgado em no máximo 30 dias, a polícia espera que esse seja um elemento que ajude muito nas investigações. Há indícios de que ela tenha sofrido violência sexual.A mãe informou que Martins estaria escondido embaixo da cama em que dormia com a menina. Ela teria chamado o padrasto de Lavínia, que dormia na sala, quando percebeu que o lençol estaria molhado e, ao tentar afastar a menina, escutou um barulho embaixo da cama.Martins, então, teria se levantado e saído correndo da casa. Quando Maura voltou à cama, teria percebido que a menina estava gelada e não respondia. Desesperada, ela gritou e populares acabaram rendendo Martins, que já era conhecido na Vila Esperança, pois costumava percorrer as ruas pedindo comida. Ele chegou a ser agredido.Na polícia, ele deu outra versão, negando participação na morte da criança. Martins disse ter visto Lavínia cair da bicicleta, quando ela se enroscou em alguns fios na rua. Disse que pegou a criança e levou-a até a casa, colocando-a na cama, com a intenção de avisar os familiares. No entanto, quando estava saindo, Maura chegava e, assustada, teria gritado, por isso ele fugiu.SoluçãoO secretário Luiz Fernando Delazari analisou os recentes casos de violência contra crianças. Em pouco mais de 10 dias, quatro crianças foram mortas, duas delas com violência sexual comprovada. "Três foram solucionados rapidamente", afirmou. Falta apenas o caso de Rachel. Questionado se seria somente coincidência quatro casos em pouco tempo, Delazari resignou-se: "Não vejo explicação para isso." Ele acentuou que os casos de pedofilia, assim como os de homicídio que não têm testemunhas, são "desafiadores". "Há casos que a solução demora e outros que não são solucionados, mas isso acontece no mundo todo"estacou. Resignação"Há casos em que a solução demora, outros não são solucionados. É assim no mundo todo"Fernando DelazariSecretário de Segurança.

Fonte: O Estado do Paraná

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