As nove crianças de Fazenda Rio Grande, região metropolitana de Curitiba, transferidas em setembro para um abrigo por ordem judicial e a irmã delas que retornou para casa podem ter sido violentadas sexualmente não só pelo próprio pai, mas também pelos dois irmãos mais velhos, de 24 e 17 anos. A suspeita é do Conselho Tutelar, baseada no laudo psicológico das crianças – cujas idades variam de 2 a 17 anos. A avaliação psicológica foi encaminhada ao Ministério Público (MP). Há suspeita de que o pai abuse dos filhos desde 2003.
“Uma das crianças confirmou em relato que foi abusada pelo irmão mais velho”, afirma a conselheira tutelar Deise Vicente. Segundo Deise, além do pai – que está proibido pela Justiça de se aproximar dos filhos e está desaparecido –, as dez crianças também deveriam estar afastadas dos irmãos mais velhos. “Caso contrário, isso pode se tornar um ciclo, já que, provavelmente, esses rapazes também foram abusados pelo pai na infância”, argumenta.
A conselheira ressalta ainda que a adolescente de 17 anos que retornou para casa pode estar correndo risco. “Ela fugiu do abrigo. Está em casa sem consentimento da Justiça”, diz Deise. Na última segunda-feira, a adolescente confirmou à reportagem ter sido abusada pelo pai quando criança.
O pai tem 14 filhos de três mulheres diferentes. São seis com a esposa, com quem é casado oficialmente há 28 anos, cinco da segunda companheira e mais três da terceira. O acusado, as três mulheres e 13 filhos moravam em duas casas no mesmo terreno.
Ontem de manhã um grupo de manifestantes esteve no fórum da cidade após divulgação do caso na Rádio Cartário, de abrangência local no município. Eles exigiam a prisão do acusado. Entretanto, o juiz João Luiz Cleve Machado, que recebeu os manifestantes, afirmou que não pode emitir um mandado de prisão sem denúncia do MP.
À tarde, o juiz interrogou as crianças e as mães. O depoimento foi encaminhado ao promotor Paulo Conforto, da Vara Criminal, que deve informar hoje se vai encaminhar denúncia contra o pai.
Fontes: Agências
“Uma das crianças confirmou em relato que foi abusada pelo irmão mais velho”, afirma a conselheira tutelar Deise Vicente. Segundo Deise, além do pai – que está proibido pela Justiça de se aproximar dos filhos e está desaparecido –, as dez crianças também deveriam estar afastadas dos irmãos mais velhos. “Caso contrário, isso pode se tornar um ciclo, já que, provavelmente, esses rapazes também foram abusados pelo pai na infância”, argumenta.
A conselheira ressalta ainda que a adolescente de 17 anos que retornou para casa pode estar correndo risco. “Ela fugiu do abrigo. Está em casa sem consentimento da Justiça”, diz Deise. Na última segunda-feira, a adolescente confirmou à reportagem ter sido abusada pelo pai quando criança.
O pai tem 14 filhos de três mulheres diferentes. São seis com a esposa, com quem é casado oficialmente há 28 anos, cinco da segunda companheira e mais três da terceira. O acusado, as três mulheres e 13 filhos moravam em duas casas no mesmo terreno.
Ontem de manhã um grupo de manifestantes esteve no fórum da cidade após divulgação do caso na Rádio Cartário, de abrangência local no município. Eles exigiam a prisão do acusado. Entretanto, o juiz João Luiz Cleve Machado, que recebeu os manifestantes, afirmou que não pode emitir um mandado de prisão sem denúncia do MP.
À tarde, o juiz interrogou as crianças e as mães. O depoimento foi encaminhado ao promotor Paulo Conforto, da Vara Criminal, que deve informar hoje se vai encaminhar denúncia contra o pai.
Fontes: Agências
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