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terça-feira, 15 de março de 2011

IFPR promove arte e consciência ambiental


Umuarama – O Instituto Federal do Paraná (IFPR), está expondo um trabalho feito pelos alunos na 37ª Feira Agropecuária de Umuarama. Uma maquete gigante e um trabalho plástico com grafite servem para alertar crianças e adultos sobre algumas mudanças essenciais quando o assunto é a interferência do desenvolvimento urbano no meio ambiente. O trabalho contou com a participação das turmas dos cursos técnicos de Agronegócio, Agroecologia, Desenho de Construção Civil e Design de Móveis.
Artista plástico e cientista social, o aluno Max Delly, do curso técnico em desenho, veio de Boa Vista, em Roraima, há quase um ano para Umuarama e já está difundindo sua arte, principalmente com a técnica do grafite, que já pode ser observada também em alguns muros da cidade. A maquete, dividida em duas partes, ilustra por um lado, a degradação da natureza em razão de um desenvolvimento urbano não planejado e não sustentável, e por outro uma cidade construída e organizada de maneira ecologicamente correta. Cerca de seis mil crianças da rede municipal de ensino estão indo visitar a maquete. Entre as duas cidades, técnica indispensável quando se fala em arte urbana, o grafite agrega significados para crianças e adultos a fim de despertar a consciência ambiental. Segundo Max, foi utilizado spray sobre tecido, sem muita preocupação estética para complementar as duas cidades e dar mais dimensão ao trabalho. “São mais esboços, sem muitos detalhamentos”, comenta.
Poluição de nascentes, desrespeito com as áreas de preservação ambiental (APA), formas desordenadas de monocultura, descuido com o lixo, são alguns dos componentes para uma parte da maquete, que está bem mais próxima da realidade.
Do outro lado, há o aproveitamento das energias alternativas, como teto solar e energia eólica, respeito com a permeabilidade do solo, curvas de nível na agropecuária, tudo com muito verde. O grafite entrou para integrar a maquete e ajudar a plantar uma semente nessa nova geração a agir em favor da natureza. A ideia dessa técnica é importante, segundo Max, pois por ser uma arte urbana, está mais próxima das crianças e ajuda com que a mensagem a ser passada chegue de maneira mais espontânea. Uma vez que surgiu a parceria com o IFPR, Max quer ampliar a arte do grafite em Umuarama, quem sabe também nas escolas municipais, para destituir uma série de preconceitos e mostrar a gama de possibilidades de criação e aprendizagem que a técnica pode oferecer, principalmente quando ela for utilizada para tornar mais atrativa outras áreas do conhecimento.No ano passado Max expôs no Serviço Social do Comércio (Sesc) quadros que pintou inspirado nos índios Yanomami. Essa mesma exposição deve chegar em breve também no IFPR. Max começou seu trabalho com grafite em 1999. Em 2001 foi contratado pela prefeitura de Roraima para fazer murais na cidade. Em 2003 começou o curso de Ciências Sociais na Universidade Federal de Roraima (UFRR), onde promoveu diversas oficinas e pinturas de grafite ao longo da graduação. Em 2004 entrou para a secretaria de obras da prefeitura onde desenhou vários projetos de construção civil. Desde 2010 em Umuarama, além da exposição no Sesc e ambientação da Semana Literária, ele executa alguns grafites pela cidade. Novos estão por vir em alguns muros com o pensamento de que “a arte está em toda parte”. Fontes: Agências

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