Maringá é um dos municípios que contratou os serviços da Dataprom, empresa citada no programa Fantástico (da Rede Globo), no domingo (13), por suposto envolvimento em esquemas de manipulação de licitações. A empresa, com sede em Curitiba, venceu processo licitatório realizado pela prefeitura maringaense em janeiro deste ano.
A Dataprom Equipamentos e Serviços de Informática Industrial LTDA. foi a única participante em uma licitação (por registro de preços) para aquisição de controladores de semáforos destinados à sinalização semafórica da Maringá. A empresa comercializou vinte controladores semafóricos pelo valor de R$ 248 mil (R$ 12,4 mil por unidade). Em fevereiro de 2010, a mesma empresa foi contratada para prestar serviços para manutenção com fornecimento de peças para os aparelhos eletrônicos de controle de semáforos. O valor determinado foi de 30 mil, com inexigibilidade de licitação, ou seja, sem a exigência para a realização de um processo licitatório.
A reportagem entrou em contato com o diretor de licitações da prefeitura, Valdir Pignata, que preferiu não comentar o assunto. Já o diretor de engenharia de trânsito da Secretaria dos Transportes (Setran), Gilberto Purpur, informou que o processo licitatório realizado em Maringá foi feito corretamente e não está relacionado com as denúncias exibidas pela TV Globo no domingo (13). “Não há nada de irregular. A licitação foi feita para adquirir a parte eletrônica dos semáforos, que foram obtidos com valores bem abaixo. Quero deixar claro que Maringá não adquiriu equipamentos de fiscalização de nenhuma das empresas citadas na matéria”, explicou. A Dataprom também foi procurada, mas não retornou o contato.
Empresas são denunciadas por supostas fraudes A reportagem do Fantástico exibida no domingo (13) apontou que várias empresas que operam radares no Brasil age de maneira fraudulenta. No caso da Dataprom, a matéria mostrou um vendedor da empresa oferecendo negócios mais lucrativos para prefeituras. Gravado por uma câmera escondida, Alexandre Matschinke afirmou: “Se tu me ‘der’ abertura para eu ir lá e montar o teu projeto inteiro, ‘você’ vai me falar: ‘Eu quero 15%, eu quero 10%’. Eu coloco isso no valor”. Ele também admite que o custo da propina sai do bolso do contribuinte. O esquema se repete com a Consilux, que tem radares na capital paranaense e em São Paulo. No vídeio exivido pelo Fantástico, o diretor comercial da empresa, Heterley Richter Júnior promete um edital já pronto.
Outra empresa paranaense citada é a Perkons, de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, que tem contratos no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. A reportagem mostra que a empresa preparou um edital sem realizar um estudo técnico, como manda a lei, para saber se nesses locais é necessário instalar os radares.
Fontes: Agências
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