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quarta-feira, 30 de março de 2011

Corpo de José Alencar será cremado em Minas Gerais nesta quinta-feira


O corpo do ex-vice-presidente José Alencar será cremado nesta quinta-feira (31) na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. A assessoria de Alencar confirmou que a cremação ocorrerá às 14 horas no Cemitério Renascer, na cidade de Contagem, Grande Belo Horizonte, em cerimônia reservada para familiares e amigos próximos. Inicialmente, a família de Alencar havia reservado um horário no Cemitério Bonfim para que fosse realizado o enterro. Por conta disso, já estava montado no local a estrutura para o sepultamento. Nesta quarta-feira (30), porém, a administração do Cemitério Bonfim foi informada de que o ex-vice-presidente seria cremado. O corpo de Alencar seguirá de Brasília para a capital mineira por volta das 6h30 de quinta-feira. O velório em Belo Horizonte está previsto para começar às 9h, no Palácio da Liberdade, e deve seguir até 13h. O velório do ex-vice-presidente em Brasília começou às 11h20 desta quarta-feira, no Salão Nobre do Palácio do Planalto. Seis cadetes das Forças Armadas carregaram o caixão para subir a rampa do Palácio. Na chegada, 21 tiros de canhão deram início à homenagem, com honras de chefe de Estado. Por volta das 11h30, foi iniciada uma missa em homenagem a Alencar. O núncio apostólico do Brasil, Dom Lourenzo Baldisseri, disse que o ex-vice-presidente da República foi um hábil e efetivo negociador do qual o Brasil se lembrará com respeito e admiração. Em sermão durante missa de corpo presente do ex-vice-presidente, no Salão Nobre do Palácio do Planalto, Baldisseri citou os oito anos em que Alencar, junto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estiveram no poder. "O ex-vice-presidente foi uma personalidade equilibrada, serena, de grande visão política, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva", disse Baldisseri. Antes da missa, o presidente em exercício Michel Temer (PMDB), a mulher de Alencar, Marisa Gomes da Silva, e o filho Josué Gomes da Silva foram os primeiros a se aproximar do caixão com o corpo do ex-vice-presidente. Em seguida, outros parentes de Alencar prestaram suas homenagens. Participam da missa também ministros e outras autoridades. Na sequência, o velório foi aberto para visitação do público que permanecerá liberada até as 23h. À noite, haverá outra missa, que poderá contar com a presença da presidenta Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles embarcam de Portugal e a previsão de chegada a Brasília é por volta das 19h. A segurança do Palácio do Planalto informou que cerca de 4 mil pessoas passaram pelo Salão Nobre para prestar as últimas homenagens ao ex-vice-presidente até as 17h45 desta quarta-feira (30).

Organização
Antes do início do velório, os seguranças do Palácio transportaram as diversas coroas de flores enviadas por amigos e admiradores do político, que lutava contra o câncer há quase 14 anos. A área em volta ao Palácio está cercada com grades que orientam a passagem dos que prestarão as últimas homenagens a Alencar. Além disso, 15 banheiros químicos foram colocados no estacionamento. É o primeiro velório no palácio desde a morte do presidente Tancredo Neves, em 1985. A visitação pública começou após o término da missa e estará aberta ao público até as 23 horas. As filas começaram a se formar por volta das 9h. Mais de 300 populares aguardavam para participar da cerimônia. Todos têm de passar por um detector de metais e, em seguida, subir a rampa do palácio.

Traslado
O corpo de Alencar chegou à Base Aérea de Brasília por volta de 10h desta quarta-feira, na aeronave C-105 de transporte de tropas da Força Aérea Brasileira (FAB). Um avião C-99, também da FAB, com 9 familiares do ex-vice-presidente, chegou antes, por volta de 9h30. O caixão com o ex-vice-presidente seguiu em um carro do corpo de bombeiros até o Palácio do Planalto. Assim como em São Paulo, o cortejo percorreu as ruas de Brasília escoltado por batedores do grupo de fuzileiros da Marinha. O cortejo deixou o hospital Sírio-Libanês, por volta das 7 horas. O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que faz o traslado do corpo do ex-vice-presidente José Alencar decolou do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, por volta das 7h45. A família do ex-vice-presidente, que seguiu em outra aeronave, desembarcou na Base Aérea de Brasília às 9h20. No total, nove parentes de Alencar chegaram em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). A primeira a desembarcar foi a viúva, Mariza Gomes, seguida pelos filhos, nora e netos. Todos foram recepcionados pelo presidente em exercício, Michel Temer, pelo presidente do Senado, José Sarney, da Câmara, Marco Maia, pelo vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, Ayres Brito, e pelo governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Instantes antes da chegada da família de Alencar, Michel Temer, afirmou que procura seguir o exemplo daquele que o sucedeu. "Penso que se eu conseguir, ainda que minimamente, reproduzir alguns gestos cívicos do ex-vice-presidente, eu serei um grande presidente. Perde o Brasil um grande brasileiro e ganha o céu uma grande figura." O presidente do Senado, José Sarney, também manifestou pesar pela morte de Alencar. "Ele teve coragem de concordar e discorda, foi um gladiador pela vida, não só mostrou [isso] durante sua luta contra a doença, mas deu a todos os brasileiros que sofrem o exemplo". A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estavam em Portugal, anteciparam o retorno ao Brasil, mas devem chegar a Brasília somente no final da tarde.

Morte
O ex-vice-presidente da República José Alencar morreu às 14h41 desta terça-feira (29) de câncer e falência múltipla dos órgãos, aos 79 anos. A informação foi confirmada pelo boletim médico do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, divulgado às 15h. Alencar lutava contra um câncer na região do abdome e estava internado no Sírio-Libanês desde segunda-feira (28), com um quadro de suboclusão intestinal. Desde 1997, ele lutava contra o câncer. Nos últimos 13 anos, Alencar foi internado diversas vezes, passou por um tratamento experimental nos Estados Unidos e se submeteu a dezesseis cirurgias. Em Portugal, a presidente Dilma Rousseff decretou luto oficial de sete dias e confirmou que José Alencar será velado no Salão Nobre do Palácio do Planalto.

Dilma e Lula se emocionam ao falar da morte
Em Coimbra, muito emocionados e com lágrimas descendo dos olhos, a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silma lamentaram profundamente a morte de Alencar. Dilma concedeu entrevista e se desculpou pela declaração que tinha feito momentos antes à imprensa. Ela havia dito que estava acompanhando a situação do ex-vice-presidente com muita preocupação, mas ressalvando que ele "sempre surpreendia", demonstrando esperança. A presidente esclareceu que, quando fez esse comentário, não sabia que o falecimento já tinha ocorrido. "Não sabíamos que o nosso querido José Alencar já tinha morrido. Nós estamos em um momento de muito sentimento. Eu tenho uma grande honra de ter convivido com ele. Foi presidente da República por mais de oito meses. Estou oferecendo o Palácio do Planalto à família para que o corpo dele seja velado na condição de chefe de Estado", disse a presidente da República. O ex-presidente Lula, ao lado de Dilma, estava ainda mais emocionado e chegou a chorar fortemente. Lula fez muitos elogios a Alencar e lembrou de quando o conheceu e o escolheu para ser o seu candidato à vice-presidência. Recordou que havia perdido muitas eleições e que sempre tinha a mesma quantidade de votos, em torno de 30%. "Eu precisava do restante e o restante era o Zé Alencar. Quando o conheci, eu disse: encontrei o meu vice", declarou.
Lula salientou a lealdade, a dedicação e a capacidade de trabalho de Alencar, acrescentando que "nunca teve uma vírgula de divergência com ele". O ex-presidente foi mais além nos elogios. "Não existe um vice como o meu. Nós tínhamos um relação de irmãos, de pai e filho", afirmou. "É fácil elogiar quem morre porque todo mundo que morre vira uma pessoa boa. Mas ele é especial", completou. O ex-presidente contou que estava visitando semanalmente Alencar. Relembrou que na última campanha presidencial, apesar da sua dificuldade, por causa da doença e até uma certa fraqueza Alencar fez questão de subir em um carro e acompanhar Dilma em Belo Horizonte por quatro horas. "Eu tenho de fazer isso para ajudá-la a ganhar", foi a frase de Alencar, relembrada por Lula. Para Lula "foi um descanso" para Alencar, que "estava sofrendo muito há seis meses". Lula completou dizendo que alguns meses atrás Alencar pediu sua opinião se deveria parar de tomar os medicamentos, pois eram muito agressivos. Lula disse que era a favor de que ele parasse e que vivesse de forma "mais intensa, mais prazerosa" o resto de sua vida. "Vou dedicar o prêmio, amanhã, a ele", afirmou Lula.

Perfil
José Alencar Gomes da Silva nasceu em 17 de outubro de 1931, na localidade de Itamuri, município de Muriaé, na Zona da Mata mineira. Foi o décimo primeiro dos quinze filhos de Antônio Gomes da Silva e Dolores Peres Gomes da Silva. Aos sete anos, Alencar já trabalhava na loja do pai e aos 14 anos deixou a casa da família para trabalhar de balconista numa loja de armarinhos da cidade de Muriaé. Aos dezoito anos, iniciou seu próprio negócio. Para isto contou com a ajuda do irmão Geraldo Gomes da Silva, que lhe emprestou quinze mil cruzeiros. Na loja “A Queimadeira” vendia tecidos, calçados, chapéus, guarda-chuvas, sombrinhas e produtos de armarinho. Em 1967, em parceria com o empresário e político Luiz de Paula Ferreira fundou a Companhia de Tecidos Norte de Minas – Coteminas. A Coteminas, um dos maiores grupos industriais têxteis do país, tem mais de 16 mil funcionários e fábricas em seis estados e uma na Argentina. Em 1989 e 1995, foi presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) e também vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). José Alencar Gomes da Silva era casado com Mariza Campos Gomes da Silva e tinha três filhos: Josué Christiano, Maria da Graça e Patrícia.

Vida pública
Ingressou na carreira política em 1994. Foi candidato ao governo de Minas Gerais pelo PMDB, mas não chegou ao segundo turno. Em 1998, foi eleito senador por Minas Gerais, com praticamente 3 milhões de votos, a segunda maior votação do país. Em 2002, já no PL, foi eleito vice-presidente da República na chapa de Lula. No começo, Alencar gerou polêmica, tendo sido uma voz discordante dentro do governo contra a política econômica defendida pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci.

Vice-presidente
Já a partir de 2004, passou a acumular a vice-presidência com o cargo de ministro da Defesa. Por diversas oportunidades, demonstrou-se reticente quanto à sua permanência em um cargo tão, mas a pedido do presidente Lula, exerceu a função até março de 2006. Renunciou para poder disputar as eleições. Foi reeleito vice-presidente, desta vez pelo PRB, para o mandato 2007/2010.

Saúde
O estado de saúde do vice-presidente sempre foi motivo de preocupação. Em 1997, durante um check-up, Alencar descobriu tumores malignos, um no rim direito e outro no estômago. Desde então, se submeteu a várias cirurgias. Na primeira intervenção, o político perdeu dois terços do estômago e o rim direito. Dois tumores foram retirados. Três anos depois, em 2000, Alencar descobriu um novo câncer, desta vez na próstata. Ele foi operado e o órgão removido. Em 2004, um cálculo obstruiu a vesícula do vice-presidente, fato que também resultou na remoção do órgão. No ano seguinte, Alencar passou por uma angioplastia para desobstruir as artérias coronárias. Em 2006, o político foi internado duas vezes, para a retirada de um tumor maligno e de um nódulo no retroperitônio, na região do abdome. Um novo tumor na mesma região foi descoberto, em 2007. José Alencar teve de ser operado outra vez. No segundo semestre de 2008, passa por nova intervenção cirúrgica na região do abdome. Três tumores malignos foram extirpados. O vice-presidente estava sendo tratado com um medicamento espanhol durante as sessões de quimioterapia. Em janeiro de 2009, com a droga estrangeira não surtindo o efeito esperado, o político passou por uma complexa operação de mais de 17 horas de duração. Um tumor principal e outros oito menores foram retirados. Partes dos intestinos delgado e grosso, além de dois terços do ureter, canal responsável pelo transporte da urina entre o rim e a bexiga, precisaram ser removidas. O ureter foi substituído por uma parte do intestino delgado. Em maio do mesmo ano, foram descobertos 18 novos tumores malignos na região do abdome. O vice-presidente decidiu viajar para os Estados Unidos para fazer um tratamento experimental. A nova droga ataca as células que provocam o tumor, e o impedem de agir. Em julho de 2009, Alencar passou por outras duas intervenções. A primeira, no dia 9, para desobstruir uma das alças do intestino delgado e a segunda, no dia 24, para tratar a obstrução do intestino grosso em razão de tumores, alguns removidos na cirurgia. No começo de 2010, Alencar foi submetido a exames apontam anemia e um quadro congestivo pulmonar. O problema seria decorrente da quimioterapia. Em julho, os médicos identificaram uma isquemia cardíaca (deficiência na irrigação sanguínea do coração) e o vice passa por um cateterismo. Alencar voltou ao hospital com quadro infeccioso em setembro. No mesmo mês, ele foi internado mais uma vez, agora para tratar um edema no pulmão. No final de outubro, foi internado para tratar uma obstrução intestinal. Ele não pode votar no segundo turno das eleições e recebeu a visita do presidente Lula e de Dilma Rousseff no hospital. No dia 23 de novembro, ele sofreu um infarto no miocárdio e passou por mais uma cirurgia para desobstruir o intestino e fez a retirada de parte do tumor do abdome. O vice-presidente passou alguns dias internado na UTI Cardiológica e realizou algumas sessões de hemodiálise, após a equipe médica detectar piora da função renal. Em 17 de dezembro, Alencar recebeu alta do hospital. Cinco dias depois deu entrada novamente no Hospital Sírio-Libanês com uma hemorragia intensa abdominal. O vice passou por uma cirurgia de emergência, e a equipe médica não conseguiu controlar a hemorragia, pois os tecidos no local estavam fibrosados (colados) e decidiram, assim, encerrar a operação. Alencar chegou a perder quase dois litros de sangue, passou por uma cirurgia, e recebeu antibióticos, plasma, plaquetas e transfusões de sangue. O sangramento foi controlado com medicamentos horas depois. No dia 23 de dezembro, o vice-presidente recebeu visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e da presidente eleita Dilma Rousseff, e chegou a manifestar o desejo de participar da cerimônia de posse de Dilma, no dia 1º de janeiro. "Espero estar lá e que os médicos me liberem para tomar um golinho", segundo relato da Assessoria de Imprensa do Planalto. Entretanto, na véspera de Natal, Alencar teve nova piora do quadro clínico. Uma nova hemorragia no abdome foi diagnosticada pelos médicos. Novas sessões de transfusões de sangue foram realizadas e tratamento de hemodiálise. O sangramento era considerado em "moderada quantidade". O quadro impediu Alencar de participar da cerimônia de posse de Dilma Rousseff e do novo vice, Michel Temer. No discurso de posse, Dilma fez uma homenagem a Alencar. “Que exemplo de coragem e amor à vida nos deu esse homem”, foram as palavras da presidente eleita. Um dia depois, o vice-presidente Michel Temer visitou Alencar no Hospital em São Paulo. No dia 3, o ex-vice-presidente reiniciou o tratamento com quimioterapia. Já no papel de ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva visitou José Alencar em São Paulo no dia 18 de janeiro, após voltar de férias. Na oportunidade, ele realizava quimioterapia por via oral. Na visita de Lula, Alencar estava se alimentando normalmente e respirava sem a ajuda de aparelhos.

Homenagem
Em cerimônia que reuniu partidos adversários, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), entregou no dia 25 de janeiro, aniversário da cidade, a Medalha 25 de Janeiro ao ex-vice-presidente José Alencar. O evento foi o primeiro encontro público da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a posse. Debilitado Alencar chegou de cadeira de rodas acompanhado por uma equipe de médicos. O ex-vice-presidente, emocionado, admitiu que chorou ao saber que Dilma e Lula estariam juntos na homenagem. "Eles vieram e eu achava que não poderia deixar de vir", disse Alencar. Diante de parentes e políticos de diversos partidos, o ex-vice-presidente discursou por 9 minutos e 40 segundos lembrando os 90 dias de internação. Alencar ainda destacou que durante o tratamento contra o câncer, teve enfarte, edema pulmonar e até hemorragias. Ele também agradeceu o carinho de Kassab e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). "Para mim, (a homenagem) é uma honra muito grande", afirmou. Alencar só foi liberado para permanecer em casa no dia 26 de janeiro, após mais de um mês internado. Em fevereiro, no dia 9, Alencar voltou a ser internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, devido a um quadro de peritonite, infecção na membrana que protege a cavidade abdominal. No dia 15 de fevereiro, Lula voltou a visitar Alencar. "Você olhando para o José Alencar ele está ótimo. Está maravilhoso, mas quem pode falar [sobre a saúde dele] são os médicos", declarou o ex-presidente na oportunidade. Com um quadro de saúde estável, ele permaneceu internado e no dia 3 de março recebeu nova visita de Lula. Alencar só recebeu alta no dia 15 de março. Na oportunidade, o médico do ex-vice-presidente disse que Alencar teria que realizar hemodiálise três vezes por semana. No dia 28 de março, o ex-vice-presidente voltou a apresentar quadro de perfuração abdominal e de peritonite, uma infecção na membrana que protege a cavidade abdominal. Ele precisou ser internado no Hospital Sírio Libanês em São Paulo. Alencar morreu às 14h41 do dia 29 de março de câncer e falência múltipla dos órgãos.
Fontes: Agências

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