Evadido da Colônia Penal Agrícola, em Piraquara, Marcelo Batista Damacena, 33 anos, foi morto, no fim da tarde de ontem, durante um confronto com dois investigadores da Polícia Civil (PC) de Paiçandu (na região metropolitana de Maringá). A companheira da vítima, Maria Aparecida Barbosa, 42, confirmou que nas últimas semanas Damacena estava mais violento que de costume e insistia que estava sendo perseguido por pessoas que queriam matá-lo. "Ele estava fumando muito crack", disse, atribuindo a crise de paranóia ao consumo excessivo da droga. De acordo com a PC, o confronto ocorreu por volta das 17h10, depois de dois investigadores encontrarem o ex-presidiário caminhando por uma rua no Jardim Canadá, zona sul da cidade. Antecipando-se a uma provável abordagem, a vítima teria sacado uma arma da cintura, corrido para os fundos do bairro. Ao tentar alcançá-lo, os investigadores teriam sido recebidos a tiros. No revide, Damacena acabou alvejado por pelo menos quatro projéteis e tombou morto. A polícia informou que Damacena, com antecedentes criminais por roubo e furto, já havia cumprido 12 anos de reclusão em penitenciárias do Estado e estava sendo investigado por tráfico de drogas. Ele era padrasto de Délcio Júnior Barbosa, 23, que no dia cinco do mês passado matou, a tiros, Adailton Soares do Nascimento, 22, e feriu gravemente uma adolescente de 14 anos, que ficou paraplégica. A PC afirmou que ainda investiga a suposta participação de Damacena no crime, fato negado pela mãe de Délcio. Maria Aparecida Barbosa, que conviveu durante cinco anos com Damacena, contou que ele estava mais violento que o normal e sofria crises de perseguição. "Ele já não era muito normal, mas de um mês para cá piorou muito. Na sexta-feira passada ele me agarrou forte pelo braço e me ameaçou com uma faca. Depois disso, eu decidi me separar dele", afirmou, imputando a mudança de comportamento ao consumo excessivo de crack. "Ele estava fumando muito. Nesta semana eu pretendia levá-lo à igreja para tentar conseguir um internamento. Mas não deu tempo", lamentou.
Fontes: Agências
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