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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Veja como trocar a marcha do carro na hora certa




A caixa de marchas é um dos itens que compõem o sistema de transmissão de um automóvel que mais intriga os motoristas. Na hora da troca, por exemplo, surge a dúvida: chegar ao limite da faixa vermelha ou engatar a próxima marcha antes disso? E nos carros que não têm esse marcador? Confira as respostas: Na hora de trocar de marcha que número o conta giro deve marcar? - João Para troca das marchas existe uma faixa de giros limite para cada motor. Nos carros que dispõem de marcador de giros, esse limite é a faixa vermelha, geralmente em torno de seis mil giros. Acima disso o carro estará extrapolando seu limite de rotações e corre-se o risco de danificá-lo. Porém, trocar as marchas no limite só serve se você quiser andar muito rápido, literalmente no limite, o que não é possível nas cidades e mesmo nas estradas, dado o limite de velocidade.
Desrespeito ao limite de rotações pode danificar o motor (Foto: Divulgação)
O meu carro não tem conta giros. Como posso saber a hora exata de trocar de marcha? - Dudu Recanto Quando seu carro não dispõe de marcador das rotações do motor o ideal é se basear pela velocidade. Alguns carros até contam com uma marca no velocímetro para facilitar, mas como regra pode-se adotar o seguinte esquema: ao arrancar, procure não esticar demais a primeira marcha, ao atingir 20 km/h já é o suficiente para trocar pela segunda. Na segunda utilize até 30 ou 35 km/h, passe para a terceira e nela permaneça até no máximo 45 ou 50 km/h. Na quarta vá para 60 km/h e se for andar por determinado tempo nessa velocidade passe para a quinta marcha. Se você estiver em uma estrada em que a velocidade limite for de 120 km/h, por exemplo, você pode acelerar em terceira até 60 km/h, depois na quarta até 90 km/h e na quinta até os 120 km/h. Existe um tempo mais longo ou curto de marcha? Quando engato a primeira vai muito lento e, logo no início da arrancada, vai devagar. De repente, dá um tranco e vai bem mais rápido. Qual a explicação para isso? - Carolina Isso é uma característica do seu carro. O que ocorre é que a relação de marchas não é tão confortável. Em alguns modelos, principalmente os populares, se prioriza o uso urbano, com escalonamento de marchas mais reduzido. Ou seja, priorizando a força. Essa característica deixa o carro rápido nas arrancadas, mas também com muitos solavancos ao se tirar o pé do acelerador. A troca de marchas varia conforme o automóvel, pois, mesmo carros parecidos, podem ter motores e relação de marchas com concepções diferentes. Isso altera o modo de dirigir. Mas como via de regra a troca de marchas em torno dos dois mil giros está adequada. O que é importante observar é se o carro não fica rateando - a marcha utilizada está acima, é preciso reduzir - ou se o motor fica roncando alto, "esgoelando" - está abaixo do recomendado, é preciso subir uma marcha. É recomendável usar a marcha até a velocidade limite antes de trocá-la, ou isso desgasta mais o conjunto? - Roberto Perrotti Utilizar as marchas até o limite de cada uma não é recomendável. Isso você deve utilizar apenas em casos de necessidade, como em uma ultrapassagem, por exemplo. Fora disso, ou em uso constante dessa prática, o motor sofrerá desgaste prematuro e no caso dos giros ultrapassarem a faixa limite incorre na quebra. Algumas pessoas afirmam que é possível trocar a marcha sem pisar na embreagem, quando há uma relação bastante estreita entre o motorista e o carro. Isso procede, ou é apenas mais um mito? - André Isso é verdade sim. Nos carros de competição acontece isso, mas em corridas os pilotos estão utilizando o extremo dos carros e quando acaba uma prova o veículo vai para revisão. Em carros de rua não é indicada essa prática, pois, por melhor que seja a condução do motorista, o conjunto não estará sendo utilizado de forma correta e o desgaste das peças de transmissão se dará em menos tempo.
Conta giros (Foto: Divulgação)
É mais recomendável trocar a marcha quando a rotação do motor (rpm) está em dois mil giros por segundo? - Shigueiuki MoritaA troca de marchas varia conforme o automóvel, pois, mesmo carros parecidos, podem ter motores e relação de marchas com concepções diferentes. Isso altera o modo de dirigir. Mas como via de regra a troca de marchas em torno dos dois mil giros está adequada. O que é importante observar é se o carro não fica rateando - a marcha utilizada está acima, é preciso reduzir - ou se o motor fica roncando alto, "esgoelando" - está abaixo do recomendado, é preciso subir uma marcha.


É verdade que seu eu arrancar o carro com o giro do motor muito alto no ponto morto, quando eu encaixar a primeira pode quebrar o motor? - Andre Luis Se o carro estiver parado, em ponto morto, e o motorista começar a acelerar, não acontece nada, apenas o consumo de combustível desnecessário. Se o motorista mantiver o carro acelerado e engatar uma marcha, ele vai precisar antes disso, acionar o pedal da embreagem, e uma vez acionada a embreagem é impossível quebrar alguma peça no motor. Se o motorista engatar a primeira marcha e continuar com o motor em alta rotação, quando tirar o pé da embreagem o carro vai sair abruptamente e cantando os pneus. O óleo do câmbio deve ser completado ou trocado a cada quantos quilômetros?
- Airton Antigamente era necessário fazer a troca a cada 10 mil quilômetros. Hoje, os óleos evoluíram bastante, mas ainda assim o câmbio manual deve ser verificado a cada 10 mil quilômetros e, se necessário, completar. Alguns fabricantes recomendam trocá-lo aos 30 mil; outros, aos 50 mil. O certo então é verificar o que o fabricante do seu carro pede e seguir a recomendação. Qual o nome da peça que substitui o eixo cardã? Como funciona esta relação de 1:1? - João Dias Neto Na verdade não existe uma peça que substitui o eixo cardã, o que ocorre é que em carros com o motor e a tração na dianteira, por exemplo, o câmbio e o diferencial estão acoplados junto ao motor. Em carros com o motor na dianteira e a tração traseira, por exemplo, é necessário o eixo cardã para fazer essa ligação entre a transmissão - que fica próxima ao motor ou no centro do carro - e o diferencial - na traseira.
A relação de 1:1 significa que uma rotação no motor compreende uma rotação na transmissão. O sistema de transmissão adota engrenagens com diferentes números de dentes para multiplicar ou reduzir a força do motor de acordo com a marcha selecionada. Como por exemplo, segue a relação de marchas do jipe Troller T4. Na primeira marcha o motor gira 4,473 para uma rotação nas rodas. Na segunda 2,458:1, terceira 1,472:1, quarta 1,000:1 e na quinta marcha 0,725:1. A relação do diferencial é de 4,090:1. Essa diferença de rotação é um equilíbrio que a transmissão faz. Tanto a caixa de marchas, quanto o diferencial fazem essas reduções ou multiplicações para a dirigibilidade e o conforto ficarem adequados a cada velocidade. Quando o chamado "freio-motor" é utilizado com a caixa de marcha, corre-se o risco dela quebrar? - Luís Saraiva Não corre o risco de quebrar, aliás, essa prática é recomendada, pois aumenta a segurança, ao contrário de andar com o motor desengrenado, já que o carro fica menos controlável. Também ocorre o superaquecimento dos freios que pode ocasionar uma fadiga. Nas auto-escolas sempre ensinam os novos motoristas a trocar as marchas rapidamente, sem forçar ao motor, algo como no máximo de 2000 a 3000 rpm. Isto funciona na prática? - André Lago Isso é recomendável, sim. Na verdade, quando se troca de marchas rapidamente o que acontece é que se economiza combustível, pois o motor não abaixa muito as rotações de uma marcha para a outra. Além disso, o carro fica menos tempo desengatado, e engrenado fica mais a "mão", ou seja, com melhor dirigibilidade. Sempre que estou numa descida eu coloco no neutro. Já me disseram que isso estraga o carro. É verdade? - Maurenice Ramalho Neste caso não é uma questão de estragar o carro, o problema visto nessa condição é a falta de segurança. Se for necessário efetuar uma frenagem rápida o carro vai percorrer uma distância maior. Se você também precisar fazer uma correção na direção o carro não terá tanto controle como se estivesse engrenado. Como funcionam simultaneamente os dois diferenciais do Jeep Willys quando a tração nas quatro rodas está engatada de forma que não danifique o sistema na hora de fazer uma curva, por exemplo?
- Arlei Fonseca Os diferenciais de veículos com tração nas quatro rodas funcionam pelo mesmo princípio. Quando ocorre uma curva, o diferencial, tanto dianteiro quanto traseiro permite que as rodas de dentro da curva girem menos que aquelas que estão do lado de fora. No caso de uma das rodas apresentar uma demasiada diferença na rotação, como acontece em buracos ou pisos irregulares, a força é redistribuída para as demais, a fim de permitir que o veiculo supere os obstáculos.
Fontes: Agências

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