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quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Polícia do Rio encontra quatro corpos carbonizados


Quatro corpos carbonizados foram encontrados dentro de um carro, na manhã de hoje, na localidade conhecida como Areal, na Favela Nova Brasília, no Complexo do Alemão, durante megaoperação que reúne mais de 800 policiais civis e militares, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Também participaram da operação agentes de 15 delegacias especializadas, do Bope e soldados do 16º batalhão.
polícia suspeita que um dos corpos possa ser o do traficante Antônio José Ferreira, o "Tota", um dos criminosos mais procurados pela polícia fluminense. Os corpos encontrados serão encaminhados para a perícia e exames de DNA.
Na entrada do comboio policial na favela, houve intensa troca de tiros. O policial Alexander Marchon Gomes, de 37 anos, da Delegacia de Combate às Drogas, foi baleado na cabeça e passou por uma cirurgia no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, zona norte do Rio. Ele está internado em estado grave. Dois supostos traficantes morreram durante o tiroteio. Ainda não há informações sobre presos na megaoperação.
A polícia ainda investiga se "Tota" teria mesmo sido morto na terça-feira em luta entre traficantes no morro da Fazendinha, no Complexo do Alemão.
O traficante teria sido morto a pedido do chamado "Comando Superior do Tráfico" formado por presos. Segundo o secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, esse comando é formado por pessoas que estão presas.
A polícia não descarta a possibilidade de o comando ser liderado por Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, de dentro do presídio federal de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná, ou por Fernandinho Beira-mar, de dentro do presídio federal de segurança máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. "Não excluímos nenhuma hipótese", disse Beltrame.
Durante a operação, a polícia apreendeu três metralhadoras, 2 carabinas calibre 12, 20 kg de cocaína e 30 kg de maconha desde o início da manhã. No Complexo do Alemão, foi localizada uma "oficina de armeiro", onde os supostos traficantes produziam e consertavam armas. A polícia continuará no Complexo do Alemão até o fim do dia.
Perguntado sobre se a morte de "Tota" vai melhorar a segurança no Rio de Janeiro, Beltrame disse que "o que preocupa é a logística do crime". Ele completou que as lideranças têm seu destaque, "mas o mais importante é combater o viés financeiro do tráfico".

Fontes: Agências

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