Homens armados usando possivelmente uma motocicleta acertaram dez tiros de pistola 9 milímetros contra a casa e dois carros do juiz federal Luiz Carlos Canalli, em Umuarama. O crime aconteceu perto das 5h da manhã e até o início da noite de ontem, a Polícia Federal (PF) – responsável pelas investigações – não havia divulgado detalhes sobre o caso.Visivelmente nervoso e indignado com a situação, horas depois o juiz conversou com jornalistas e disse que foi acordado pelos tiros. Na seqüência, acionou a Polícia Militar. Em poucos minutos os PMs chegaram e cercaram a residência local, preservaram a cena do crime e iniciaram as buscas por suspeitos. Na hora dos disparos estavam na casa o juiz, a esposa os dois filhos. Ninguém se feriu.Canalli chegou a marcar uma entrevista coletiva com a imprensa à tarde, mas não compareceu. Seus porta-vozes, o superintendente da Polícia Federal do Paraná, Delci Carlos Teixeira, e o juiz federal e Diretor do Foro do Paraná, Marcelo Malucelli, disseram que ele não estava em condições psicológicas para se pronunciar.Na coletiva, Teixeira afirmou que o juiz umuaramense não sofria ameaças por parte de réus. O policial garantiu ainda que Canalli não identificou suspeitos imediatos. Mesmo assim, revelou que a Superintendência da PF, em Brasília, designou que policiais federais de Guaíra e Cascavel, além de peritos de Foz do Iguaçu, integrassem a equipe enviada de Curitiba pelo secretário estadual de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, para ajudar nas investigações."Os peritos estão trabalhando e ainda é cedo para tirarmos alguma conclusão. Não sabemos se esta tentativa de intimidação tem ligação com os tiros dados contra o carro da Justiça Federal, usado pelo juiz Jail Benites de Azambuja", revelou. Os disparos ocorreram depois que o guardião da rua encerrou o expediente.Agora os policiais investigam se algum circuito de filmagem de casas vizinhas flagrou o momento em que os bandidos atiraram contra a casa do juiz.
Fontes: Agências
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