O despertador soou antes das 6 horas na casa da diarista Claudia Maria de Azevedo, 36 anos. Ela reservou o dia de ontem para ir à liquidação “Eu vi primeiro”, das Lojas Salfer, no centro de Maringá. Claudia pretendia comprar uma panela de pressão - o preço anunciado estava bem em conta e valeria o sacrifício de madrugar e ainda perder um dia de trabalho. O problema é que, após chegar ao local e enfrentar uma fila de centenas de pessoas, ela descobriu que não veria primeiro as panelas de pressão, porque o estoque do produto já havia terminado. “É uma falta de respeito”, comentou Claudia, enfurecida, por volta do meio-dia. “Perdi um dia de trabalho para ficar na fila e eles (a loja) nem sequer avisaram que já tinha acabado.” Outros clientes que desejavam comprar as panelas anunciadas fizeram pressão sobre os funcionários da rede e houve muita confusão e bate-boca em frente à loja. Os consumidores acusaram a rede de disponibilizar poucas unidades da panela anunciada. A professora Gisele Alves Montagnoli, 27 anos, disse que o panfleto anunciando a promoção não trazia a quantidade de panelas. “A propaganda é enganosa, tem produtos que não se acha nas lojas da cidade”, disparou.“Se vão fazer promoção, não podem colocar somente meia dúzia de unidades ou nenhuma à disposição e não avisar sobre isso”, criticou. A missionária Tereza Goés da Silva, 53 anos, chegou antes das 8 horas para enfrentar a fila e garantir uma panela de pressão amais na cozinha. “Nunca mais comprarei aqui”, protestou.Segundo consumidores, quando a confusão aumentou, a gerência das lojas entrou em contato com o fornecedor de panelas, que disponibilizou mais unidades. Como os produtos levarão algum tempo para chegar, muitos clientes fizeram a compra ontem, mas terão de voltar para retirá-lo em breve. A confusão por causa das panelas de pressão acabou chegando - em forma de reclamação - no Procon de Maringá. O órgão notificou a rede, que deverá prestar esclarecimentos em até dez dias.“A partir disso, vamos decidir se haverá multa ou não”, afirma o diretor do órgão, Valdir Pignata.A gerência e a superintendência da rede de lojas foram procuradas para comentar o caso, mas não foram encontradas.
Fonte: O Diário do Norte do Paraná
Nenhum comentário:
Postar um comentário