Até o final da tarde de ontem a Polícia Civil de Maringá ainda investigava o suposto acidente que culminou com a morte da bancária Simony Telo Bornia, 25 anos, atingida no início da noite de sábado (27) com um tiro no pescoço. Recolhido em uma cela da 9ª Subdivisão Policial (SDP), o ex-namorado da vítima, o assistente financeiro Marcos Kolling Johann, 33, assume a autoria do crime, mas insiste em afirmar que o disparo teria sido acidental. De acordo com a Polícia Civil, Simony – que respondia pela gerência de contas do Bradesco e cursava o terceiro ano de Direito – foi baleada por volta das 18h30 no interior do apartamento 114 do edifício Vera Regina, localizado na Rua Distrito Federal, Jardim Novo Horizonte, zona sul da cidade.Primeira a chegar no local do crime, a Polícia Militar encontrou o apartamento com manchas de sangue e a arma – um revólver calibre .38 - em cima da pia da cozinha. Marcos, que estava ao lado de Simony - que ainda estava viva - assumiu a autoria do disparo e foi levado algemado para a delegacia. A jovem morreu enquanto era atendida pelo Siate. Em interrogatório informal ao chefe da Seção de Furtos e Roubos, investigador João Osmar Evarini, o assistente financeiro contou que ele e Simony estariam sob efeito de drogas no momento em que ocorreu o disparo. Marcos relatou que ele e Simony teriam passado toda tarde de sábado consumindo bebidas alcoólicas e cocaína. Ainda segundo ele, logo após retornar para seu apartamento, Simony teria insistido para ver o revólver - adquirido meses atrás na capital do Estado - que estava guardado dentro de um guarda-roupas. Ele explicou que, por segurança, mantinha apenas cinco cartuchos no tambor do revólver e, ao tentar mostrar como engatilhava, acabou acionando o gatilho acidentalmente. “Foi sem querer. Ela era a minha melhor amiga. Jamais faria isso com ela ou com qualquer outra pessoa”, lamentou. Ainda de acordo com Marcos, Simony teria sido atingida na laringe, o que a levou a perder a respiração e muito sangue. Ele disse ter entrado em desespero e explicou que sua primeira reação foi posicionar o corpo de lado e tentar uma reanimação por meio de respiração boca-a-boca. “Ela não reagia. Então corri ao telefone e liguei para a PM. Eles me orientaram acionar o Siate. Os médicos chegaram rápido, mas infelizmente ela não resistiu e morreu antes de ser levada ao hospital”, contou. Em entrevista a O Diário, Marcos assegurou não ter motivos para matar Simony, a qual teria namorado de fevereiro a setembro deste ano. Ele disse que o fim o do namoro teria sido uma decisão conjunta e assegurou que não ter restado rancor de ambos os lados. Ainda segundo Marcos, apesar do rompimento , os dois continuaram amigos. “Tanto é verdade, que passei o Natal na casa dos pais dela e na sexta ela dormiu no meu apartamento”, disse.
Fonte: O Diário do Norte do Paraná
Fonte: O Diário do Norte do Paraná
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