tonydsilva@ibest.com.br / decioantoniosilva@bol.com.br

.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Crime com requintes de crueldade no Órleans


Na Estrada da Pedreira, no Órleans, um homem, com cerca de 30 anos, teve os braços e as pernas amarradas e foi executado com tiros na cabeça. Os assassinos arrancaram a pele do rosto e os olhos da vítima, mas só exames vão dizer se essa barbárie foi feita antes ou depois da morte.
O crime aconteceu na noite de quinta-feira ou durante a madrugada de ontem, mas o corpo só foi encontrado por volta das 8h. O cadáver permanece sem identificação no Instituto Médico-Legal.O local do crime é uma estrada de chão pouco frequentada, que liga Curitiba a Campo Magro. Devido ao pouco movimento, os investigadores da Delegacia de Homicídios não acreditam que o assassinato tenha sido testemunhado por alguém.GadoA forma com que os matadores deixaram a vítima surpreendeu os policiais. O rapaz estava amordaçado e amarrado a uma corda, que passava em volta do pescoço, prendia o braço esquerdo atrás da cabeça e o direito às costas e enrolava as pernas. “Parecia um tipo de amarração usado para prender gado em rancho. Fizeram para evitar que ele se debatesse”, declarou o investigador Melo.O rapaz ainda apresentava hematomas na barriga, possivelmente causados por pancadas, e ferimentos no pescoço, provocados pela pressão da corda. Os marginais cortaram o rosto da vítima, com algum tipo de lâmina e arrancaram a pele e os olhos, deixando apenas a arcada dentária à mostra. Exames no IML vão comprovar a causa da morte.DesconhecidoO rapaz não portava documentos de identificação. Ele vestia camiseta vermelha, calça jeans azul e tênis preto. Nos bolsos havia apenas um maço de cigarro, um alicate e uma chave. Os policiais suspeitam que o material encontrado com a vítima pode ter sido usado para praticar furtos.
“Ainda é cedo para qualquer afirmação”, disse Melo. Comentários na região do São Braz davam conta que a vítima poderia ser um garoto conhecido por “Dadinho” ou Marcos.
Guerra de gangues
Desde 2006, as gangues do São Braz, Órleans e Botiatuvinha se confrontam. Para mostrar força, passaram a matar com crueldade. É o que indica levantamento do Paraná-Online, que há anos acompanha os casos. Entre as execuções estão a do “Objeto”, como era conhecido um jovem com vários piercings espalhados pelo corpo. Ele teve os pés e mãos amarradas, antes de ser morto com um tiro na cabeça. O crime ocorreu em 27 de outubro de 2007, na Estrada da Pedreira, no Butiatuvinha. Uma semana antes, Celso Ricardo Nunes, 33 anos, foi executado com dois tiros, no mesmo local. Ele estava amarrado e nas cordas havia um gancho usado para pendurar bois. Em novembro do ano passado, Daniel Fernando da Rosa, 28 anos, teve as mãos algemadas, antes de ser morto com oito tiros de pistola nove milímetros, no São Braz.As principais gangues usam a internet e o site de relacionamento Orkut para trocar acusações. Os principais grupos se autodenominam Comando do Extermínio (CDE), Vila do Sapo (VDS), Comando da Barroka (CDB), Sapo Louco e Campina.

Fonte: O Estado do Paraná

Nenhum comentário: