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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Brasileira é atacada na Suíça por skinheads e perde bebês


Uma advogada brasileira de 26 anos foi espancada e teve boa parte do corpo retalhado por estilete na Suíça por três homens brancos e carecas que pareciam skinheads, na noite de segunda-feira (9).Grávida de três meses de gêmeas, Paula Oliveira sofreu aborto na mesma noite, quando foi socorrida e internada em hospital universitário de Zurique. Ela continua em repouso, mas já não corre mais risco de morte.
De acordo com informações do Itamaraty, Paula é funcionária do grupo controlador dinamarquês A. P. Moller - Maersk. O ataque aconteceu quando ela estava na estação de trem de Dubendorf, pequena cidade a cerca de cinco quilômetros de Zurique, onde trabalha.A brasileira foi arrastada pelo grupo até uma área cercada por árvores e atacada pelos homens por cerca de 10 minutos.Quando foi abordada, a advogada, que é branca, falava ao celular em português com a mãe, que mora no Brasil, o que faz aumentar a suspeita de que o grupo que a atacou é composto por simpatizantes nazistas. Um dos agressores tinha uma suástica na cabeça.Algumas das marcas de estilete que atingem especialmente as pernas e a barriga da advogada formam a sigla SVP, do Partido do Povo Suíço, que defende políticas anti-imigrantes consideradas, muitas vezes, racistas pela oposição.Em eleição parlamentar de 2007, um cartaz do partido exibia uma ovelha negra sendo expulsa por três brancas da bandeira da Suíça com os dizeres "Por mais segurança".Em resposta, simpatizantes da oposição social-democrata picharam peças de propaganda do SVP com suásticas e imagens de Adolf Hitler. Uma das principais queixas do SVP é que imigrantes, mesmo europeus, são contratados para postos de trabalho que poderiam ser ocupados por suíços.Paula é noiva de um suíço, que soube da agressão por telefone. Segundo o Itamaraty, ela mora no país legalmente.O pai da advogada, o assessor parlamentar Paulo Oliveira, viajou na terça-feira para o país. Ele disse ao "Jornal Nacional" que espera trazê-la de volta para o Brasil assim que ela estiver em melhores condições de saúde, o que pode levar cerca de 10 dias.

Fontes: Agências

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