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sábado, 28 de fevereiro de 2009

Tenista maringaense é líder nacional no ranking sub-16




Maringá tem um campeão de tênis que bota medo nos adversários, apesar da baixa estatura. O tenista André Tavares “Feijão”, 16 anos, tem 1m65 de altura e muitos títulos em dez anos de carreira esportiva. Ele já foi seis vezes campeão paranaense, campeão brasileiro em 2002 e conquistou o Banana Bowl, em Ribeirão Preto (SP), em 2002 (o sétimo maior torneio do mundo), entre outras conquistas. Hoje ele é o número um do ranking brasileiro na categoria até 16 anos.
A última vez que um paranaense liderou o ranking nacional foi em 1999 com um curitibano.
“Gosto de jogar no fundo da quadra”, revela sobre a técnica para ser um vencedor.
“Não tenho muita confiança para subir até a rede porque o meu voleio não é bom”.
André “Feijão” se prepara para disputar o Torneio Sul-Americano em março, com etapas no Paraguai e Brasil. Antes ele disputa um torneio paranaense em Maringá neste fim de semana reunindo 120 tenistas até 18 anos. O maringaense vai disputar em uma categoria acima da dele para reforçar os fundamentos. Ele treina seis dias na semana em uma média de três horas diárias. O técnico fala com orgulho do desempenho do adolescente na quadra.
“O Feijão tem uma desvantagem que é a altura. Os outros tenistas na categoria têm mais de 1m80”, explica o treinador, Victor Oliveira, 25 anos. “Mas, ele compensa com força de vontade, velocidade e também é muito habilidoso”. Oliveira começou a treinar André “Feijão” há sete anos. Eles se conheceram em uma academia onde Oliveira era professor. André é o segundo da família que segue no esporte. O pai, Hylton Tavares, também foi tenista em Maringá. E mais um da família vai tentar a sorte nas raquetes. Gabriel Tavares, com oito anos, já treina nas quadras da cidade, que tem o esporte bem movimentado. “Maringá tem bastante público e conta com mais de dois mil tenistas na ativa”, comenta o treinador, que joga tênis desde os dez anos de idade. “Mas, quando o tenista atinge um bom nível, falta apoio”. Oliveira destaca que um dos principais problemas é a falta de dinheiro para bancar as viagens para competições. Ele cita como exemplo o Campeonato Sul-Americano que “Feijão” vai disputar. As despesas ficariam em R$ 8 mil e o maringaense só vai porque a Confederação Brasileira banca as viagens para quem está em primeiro no ranking. Senão, seria difícil disputar o torneio. Apesar disso, o menino planeja continuar jogando por Maringá até quando conseguir. “Quero virar profissional e jogar em Maringá. Mas, se pintar uma boa oportunidade, não dá para recusar”, comenta André.
E isto está perto de acontecer. Ele já recebeu algumas propostas e há uma possibilidade de jogar na Associação de Tenistas Profissionais (ATP), disputando prêmios de até US$ 10 mil. E também outra oferta para jogar nos Estados Unidos com uma bolsa de estudo.
Fonte: O Diário do Norte do Paraná

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