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terça-feira, 4 de novembro de 2008

Polícia: caso Eloá leva a prisão de suspeito de mortes


O Serviço de Inteligência da Defesa Social de Alagoas, com auxílio da Polícia Federal, prendeu em São Paulo, na última sexta-feira, o ex-policial militar Manoel Bernardo de Lima Filho, 45 anos. Ele é suspeito de pertencer a um suposto grupo de extermínio que seria liderado pelo delegado Ricardo Lessa, irmão do ex-governador Ronaldo Lessa e morto em outubro de 1991. Lima Filho também é suspeito de participar do assassinato do fazendeiro José Cardoso de Albuquerque, pai do cantor de forró Geraldo Cardoso, crime acontecido em 1989, no município de Palmeira dos Índios.
Segundo o secretário-adjunto de Defesa Social, Washington Luiz, a polícia conseguiu localizar o suspeito depois dos desdobramentos do seqüestro de Eloá Pimentel, em Santo André, no ABC paulista. Durante o episódio, a polícia de Alagoas descobriu que o pai da jovem era o ex-cabo da Policia Militar Everaldo Pereira dos Santos.
O pai de Eloá é suspeito de pertencer a outro grupo de extermínio que atuaria em Alagoas, a Gangue Fardada, comandada pelo então tenente-coronel Manoel Francisco Cavalcante, atualmente recolhido em presídio militar no Rio de Janeiro. Na época, o grupo seria rival da milícia liderada por Lessa.
Segundo a polícia alagoana, Filho estava foragido há 15 anos. Na capital paulista, ele trabalhava em um posto de saúde e, de acordo com as investigações, usava o nome de Valderon Pereira da Costa. Ele foi preso em casa, no bairro do Jardim Robru. Após a prisão, foi levado para Alagoas, na madrugada do domingo, pelo superintendente da PF, José Pinto de Luna. O suspeito foi apresentado pela Polícia Civil nesta segunda-feira.
Conforme a polícia alagoana, Lima Filho também é suspeito de participação no assassinato do fazendeiro José Cardoso de Albuquerque, pai do cantor de forró Geraldo Cardoso, crime acontecido em 1989, no município de Palmeira dos Índios.
Teriam participado do crime, além dele, o delegado Ricardo Lessa, seu motorista Antenor Carlota (mortos três anos depois, em Maceió), e o sargento PM José Belaildo dos Santos, conhecido por Belaildo. O crime teria sido praticado a mando do político de Quebrangulo, Frederico Maia Filho, conhecido por Mainha.
O cantor Geraldo Cardoso esteve na Defesa Social, nesta segunda-feira, e confirmou a participação tanto do ex-soldado Lima Filho como do delegado Ricardo Lessa na morte de seu pai. Ele disse também era alvo do grupo, mas conseguiu escapar, segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil.
Fontes: Agências

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