terça-feira, 19 de abril de 2011
Justiça nega pedido de prisão de assassino confesso de estudante em Campo Grande. ( Que justiça é essa ?) Hoje eu estou com vergonha de ser brasileiro
A juíza Elizabeth Louro, do 4º Tribunal do Júri da Capital, negou o pedido de prisão preventiva do pedreiro Luiz Carlos Oliveira, de 50 anos, que confessou ter assassinado a universitária Mariana Gonçalves de Souza, de 21, dentro da escola da família da vítima, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, no dia 7 de março. Luiz Carlos estava preso temporariamente por 30 dias desde 8 de março, quando se apresentou na 33ª DP (Realengo) e confessou o crime. Com a decisão, tomada no último dia 7 de abril, o prazo da prisão temporária expirou, e Luiz Carlos foi colocado em liberdade. Em seu despacho, a magistrada alegou que "o denunciado teve a iniciativa espontânea de comparecer à DP no dia seguinte aos fatos, para prestar declarações, onde, aliás, confessou a conduta". Ainda segundo a juíza, Luiz Carlos "forneceu o endereço de sua irmã como o local onde poderá ser encontrado, circunstâncias que surgem de molde a afastar o pressuposto atinente com a garantia da futura aplicação da lei penal". A magistrada explicou que "a gravidade do delito não é elemento caracterizador, por si só, da necessidade da prisão cautelar". Por fim, a magistrada escreveu que "o fato, em si, isoladamente, sequer pode fazer supor que o agente vá voltar a delinquir, dado o caráter absolutamente pessoal e emocionalmente dirigido da conduta. Não bastasse isso, o choque causado à comunidade e o clamor social invocado pelo promotor de Justiça não se me afigura efetivamente presente, até porque clamor público não se confunde com repercussão midiática". Parentes de Mariana ficaram em pânico quando souberam que Luiz Carlos foi solto. - Ele já foi visto rondando a escola em Campo Grande, mas o endereço que ele forneceu da irmã fica em Bangu. O que ele estava fazendo em Campo Grande? Estávamos tentando levar nossas vidas. Mas, e agora? Esse cara não tem nada a perder - desabafou Rafael Aragão, de 23 anos, namorado de Mariana.
Pedreiro disse que cometeu o crime por amor . Para a polícia, o pedreiro disse que cometeu o crime por amor e afirmou ter tido um relacionamento com a jovem, a quem ajudava financeiramente, segundo o assassino. De acordo com a polícia, no entanto, as afirmações do pedreiro não são verdadeiras. Segundo os depoimentos colhidos pela Divisão de Homicídios, o pedreiro nunca teve qualquer relacionamento com Mariana e ele não dava dinheiro à jovem. O pedreiro confessou ter matado a jovem com um caco de vidro dentro do Centro Educacional Gonçalves Dorneles, em Campo Grande. O assassino trabalhava como pedreiro na escola, que pertence à família da vítima. Mariana foi encontrada morta pela mãe, dentro da cozinha do centro educacional. Mariana trabalhava no local e fora até a escola por volta das 11h30m de segunda-feira para receber o pai de um aluno, que desejava pagar mensalidades atrasadas. Preocupada com a demora da filha, que também não atendia o celular, a mãe foi ao colégio e localizou a moça, já morta. O corpo apresentava marcas na cabeça e cortes no pescoço. Formada em Radiologia, Mariana havia começado a faculdade de Contabilidade para ajudar no trabalho da escola. Vizinhos do centro educacional definem Luiz como um homem misterioso. Morador do condomínio ao lado do colégio, há dez anos, ele não tinha amigos e não conversava com ninguém.
Fontes: Agências
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