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quarta-feira, 30 de julho de 2008

Terminam depoimentos das testemunhas do caso Isabella




O juiz Maurício Fossen, do 2º Tribunal do Júri de São Paulo, ouviu na tarde desta quarta-feira (30) três testemunhas do processo que apura a morte da menina Isabella, de 5 anos, assassinada em 29 de março na Zona Norte da capital.Caso Isabella: cobertura completaTerminou às 15h desta quarta-feira (30) o depoimento do primeiro a falar ao juiz, o pedreiro Gabriel Santos Neto, de 46 anos, que voltou a negar que houve arrombamento na obra vizinha ao Edifício London, de onde Isabella Nardoni foi atirada em 29 de março, em São Paulo. Neto depôs no Fórum de Santana, Zona Norte da capital.Em seguida, foi ouvida pelo juiz Maurício Fossen a enfermeira Christiane de Brito, também testemunha chamada pela defesa. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, ela falou por apenas dez minutos, mas o conteúdo do depoimento dela ainda não havia sido revelado até as 15h30.Somente os advogados de defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta de Isabella e presos por suspeita de cometer o crime, fizeram perguntas ao pedreiro. Assim como havia dito à polícia, ele negou que alguém tenha arrombado a obra do sobrado onde ele trabalhava. A tese da defesa é de que uma terceira pessoa invadiu o imóvel para matar a menina.A outra testemunha é Jeferson Friche, morador do Edifício London, onde moravam Alexandre e Anna Carolina. Por ter sido chamado pelo juiz do caso, após ser citado em um outro depoimento, Friche é a chamada "testemunha do juízo". O vizinho disse ter conversado com o irmão mais velho de Isabella na noite do crime.O síndico do prédio, Antônio Lúcio Teixeira, relatou ao juiz que um morador perguntou ao menino se alguém havia entrado no apartamento de Nardoni naquela noite. "Não, não", teria respondido a criança, bastante assustada. De acordo com síndico, o vizinho ainda indagou: "O que fizeram com a sua irmã?", ao que o menino teria apenas soluçado, sem nada dizer. STFPor volta de 13h30, Ricardo Martins, um dos advogados de defesa do casal, chegou ao Fórum de Santana para acompanhar as oitivas. Ele disse ter esperança de que seus clientes terão a liberdade concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão pode sair nos próximos dias."Estamos esperançosos e convictos de que o posicionamento do STF deve ser de garantir os princípios constitucionais. Se não existem elementos para mantê-los presos, eles devem ser soltos o quanto antes", afirmou Martins. TestemunhasVizinhos, amigos e parentes do casal foram ouvidos nos dias 2 e 3 de julho. Algumas das testemunhas apontaram que o prédio seria inseguro. As testemunhas de acusação, entre elas a mãe de Isabella, Ana Carolina de Oliveira e a avó materna, Rosa Maria Cunha de Oliveira, falaram ao juiz nos dias 17 e 18 de junho. A delegada que investigou o crime, Renata Pontes, peritos do IC e vizinhos do casal também já prestaram seus depoimentos.Alexandre Nardoni e Anna Jatobá foram interrogados no final de maio. O médico-legista George Sanguinetti, contratado pela defesa do casal para fazer um parecer com base nos laudos do Instituto Médico-Legal (IML) e Instituto de Criminalística (IC), deve prestar depoimento em 7 de agosto por meio de carta precatório, porque mora em Maceió.Ao final desta etapa dos depoimentos, o processo entra na fase das alegações finais e, depois disso, o juiz Maurício Fossen decide se o arquiva ou determina que o casal vá a júri popular.
Fontes: C 13 e Agências

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