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segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Mãe perde filho para as drogas




Os conselhos dados pela mãe de Alisson Tiago da Rosa, 19 anos, não foram ouvidos por ele e, na manhã de ontem, depois de um dia e meio desaparecido, o rapaz foi encontrado morto, parcialmente enterrado, em um matagal da Rua Eduardo Pinto da Rocha, Osternack, Sítio Cercado, ao lado do Ribeirão dos Padilha.Os matadores arrastaram o rapaz, ainda com vida, por mais de um quilômetro, em um carreiro no meio do mato fechado. Ele foi encontrado de bruços, com as mãos amarradas para trás e as pernas cruzadas. Ao lado do corpo havia uma faca de cozinha. Porém, a forma como ele foi assassinado não pôde ser apurada no local, pois o cadáver estava coberto de barro.SeqüestroAlisson foi visto pela última vez por volta de 23h de quarta-feira, quando foi obrigado a entrar em uma lanchonete, por quatro homens armados. A mãe do rapaz, Ninfa Aparecida Rosa, contou que o filho usava crack e, possivelmente, foi morto por estar devendo a traficantes. “Ele estava vendendo tudo o que tinha. Tentei interná-lo, mas ele dizia que não estava doente. Não admitia que precisava de ajuda”, contou a mulher.Logo que os matadores levaram seu filho, ela ligou para a polícia, mas recebeu a informação que deveria registrar uma queixa na delegacia e aguardar que ele retornasse para casa.
“Fui sozinha atrás dele, entrei no mato, mas como é muito perigoso, voltei. No dia seguinte voltamos a procurá-lo. Foi meu outro filho quem encontrou o corpo”, lamentou. A mãe sentiu, ao mesmo tempo, dor e alívio com a morte de Alisson. “Agora posso dormir. Fazia tempo que não dormia esperando ele chegar.”
Alisson era o filho caçula. Tinha dois irmãos, um de 20 anos e outro com 25, portador de necessidades especiais. A mãe dos rapazes disse que a família é evangélica e sempre reforçou a educação religiosa. Assim foi até Alisson conquistar a liberdade e ganhar as ruas do Ostenack. As más companhias o transformaram, segundo Ninfa.O sonho de trabalhar e ajudar a família foi trocado pela ilusão das drogas. Virou dependente químico, que vendia tudo para sustentar o vício. “Muitas vezes, em meu quarto, pedia para Deus fazer alguma coisa, pois não conseguia ver meu filho se acabando”, contou a mulher.





Fontes: O.E.P.R e Agências

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