A perícia comprovou que a voz ouvida em uma fita durante uma conversa telefônica entre Patrícia Cabral da Silva e um assaltante é mesmo da jovem. A conclusão dos peritos evidencia que Patrícia, ex-funcionária de um posto de combustíveis, era cúmplice dos bandidos que assaltaram o estabelecimento em que ela trabalhava, em Curitiba. A perícia foi feita pelo Instituto de Criminalística da Polícia Federal, em Brasília. O resultado mostra que não houve edição na fita. Patrícia estava grávida de 17 semanas e foi baleada quando aconteceu o assalto, em maio do ano passado. Três bandidos levaram dois computadores e o cofre do escritório do posto, dentro do qual havia R$ 60 mil. Câmeras de segurança gravaram a ação dos assaltantes. Patrícia e um frentista foram rendidos e não reagiram. Mesmo assim, um dos bandidos voltou e atirou na jovem. A bala atingiu a barriga dela, passando a cinco milímetros do bebê. Patrícia foi encaminhada ao Hospital Evangélico, onde ficou internada durante seis dias. A ex-funcionária do posto deu a luz uma menina no dia 20 de agosto. Em setembro, o advogado de um dos acusados divulgou uma fita com uma conversa telefônica entre Patrícia e o cliente dele. As gravações provariam que a jovem teria planejado o assalto e, até mesmo, o tiro que levou. Em um trecho da fita, Patrícia diz ao assaltante que pretendia pedir uma indenização ao dono do posto no valor de R$ 150 mil: “R$ 150 mil eu vou pedir". Em outra parte, o assaltante se mostrava preocupado com a repercussão do crime: “O que mais está repercutindo é esse negócio do tiro que você pediu que desse pra você”, explicava um dos assaltantes, que logo após era tranqüilizado por Patrícia. A prisão de Patrícia foi decretada em fevereiro, mas ela está foragida. De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), o mandado está com a Delegacia de Vigilância e Captura de Curitiba.
Fonte: J.G.O.L
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