sexta-feira, 9 de julho de 2010
Caso Bruno: DNA de saliva encontrada na casa de ex-policial pode comprovar passagem de Eliza pelo lugar
A perícia técnica de Minas Gerais tem esperança de esclarecer o caso do desaparecimento de Eliza Samúdio com um exame de DNA de saliva encontrada na sala da casa do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Provando que o material seria da ex-amante do goleiro Bruno, não restaria dúvidas quanto ao seu assassinato ter ocorrido na casa de Vespasiano.
(Delegado do caso Bruno considera hipótese de não encontrar restos mortais de Eliza Samudio)Bruno e seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e o ex-policial civil, conhecido como Bola, não permitiram a coleta de material para a realização de exames de DNA. Eles são acusados de envolvimento na morte de Eliza Samudio, ex-amante de Bruno. Os responsáveis pelas investigações do caso em Belo Horizonte perguntaram se eles permitiriam espontaneamente a coleta do material, mas os três se recusaram por orientação da defesa. Por lei, eles não são obrigados a fazer o exame, pois não precisam produzir provas contra si mesmos.
Além do exame de DNA, os acusados - também por orientação do advogado Ércio Quaresma - negaram a realização de uma entrevista espontânea, permanecendo calados. A informação é do chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) da Polícia Civil mineira, delegado Edson Moreira. O advogado do jogador disse que Bruno não irá depor enquanto ele - o advogado - não tiver em mãos a cópia do depoimento do menor de 17 anos que confirmou o sequestro de Eliza Samudio. A realização do exame de DNA é importante porque, de acordo com ele, a principal motivação para o assassinato de Eliza - cujo corpo continua desaparecido - seria o reconhecimento da paternidade do bebê que ela afirmava ser de Bruno. A polícia também quer comparar o material com o sangue de homem encontrado na Range Rover do goleiro na qual foram encontradas manchas de sangue da jovem. O veículo foi usado para transportar Eliza do Rio até o sítio de Bruno em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Foi no carro, apreendido em 8 de junho em uma blitz, que ela foi agredida com coronhadas. Agora, a polícia também faz a perícia em um Citroen apreendido na casa do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, acusado de ser o executor da jovem. A polícia encontrou manchas no porta-malas do veículo e acredita que possam ser do sangue de Eliza. Também nesta sexta serão realizados exames em um laptop de Eliza Samudio. O resultado dos testes deverá sair na próxima semana. Buscas pelo corpo de Eliza são retomadas
Por volta das 16h30m, Bruno deixou o Departamento de Investigação de Homicídios, em Belo Horizonte. Ele, Macarrão e Bola voltarão à Penitenciária Nelson Hungria, onde eles passaram a madrugada. Eles seguem em carros separados para que não haja comunicação. Assim como aconteceu na chegada dos acusados, populares protestaram com gritos de "assassinos" ao ver Bruno, Macarrão e Bola. O goleiro aparentava estar mais abatido do que pela manhã, quando entrou no Departamento.
Os três acusados chegaram ao Departamento de Investigação (DI) ainda pela manhã, algemados e usando macacões vermelhos, que são uniformes da penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, onde passaram a noite, em celas separadas. Um comboio de carros da Polícia Civil acompanhou os envolvidos na morte de Eliza até o DI. Bruno entrou de cabeça erguida e não falou com a imprensa. Populares xingaram eles de assassinos e covardes. As buscas pelo corpo da ex-amante do goleiro Bruno, Eliza Samudio, foram retomadas na manhã desta sexta. Os policiais estão em um sítio que pertenceria ao ex-policial. Segundo o delegado do DI Frederico Abelha, no sítio, que fica em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, há três cisternas e uma fossa. No local, foram encontradas ossadas de cachorros. O mato alto dificulta o trabalho dos bombeiros e policiais. As buscas devem se estender ao longo do dia.
Fontes: Agências
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