O Dia das crianças comemorado hoje é lembrado por muitos apenas como uma data para presentear a criançada e, para os empresários, uma oportunidade de aquecer as vendas no comércio. Mas o relacionamento com as crianças hoje em dia é um desafio para os pais e pedagogos. As constantes mudanças no comportamento das crianças são sentidas ao logo dos anos por influências vindas de diversas direções, em um mundo cada vez mais tecnológico e violento que individualiza e exclui o convívio social. E os pais e profissionais que lidam diretamente com este público devem adaptar-se na maneira de educar e ensinar.
Os diferentes objetos eletrônicos se renovam numa velocidade incalculável e preenchem as prateleiras com opções cada vez mais engenhosas e atrativas. São jogos eletrônicos, celulares contendo vários dispositivos como: maquina fotográfica, tevê, bluetooth. vídeo-game com jogos cada vez mais violentos, internet, dentre outros recursos. Os pais, influenciados pela vontade dos filhos em obter o brinquedo ou o equipamento eletro-eletrônico, efetuam a compra e terminam por não vigiar o consumo destas mercadorias, distanciando-se do convívio com a criança.
Para a psicóloga Mirna Gomes, o consumo de aparelhos eletrônicos sem vigilância acarreta em sérios prejuízos no estado emocional das crianças. "Quando não se estabelecem limites de horário, a criança fica em estado de euforia e mesmo quando ela para de jogar fica ansiosa em retornar, porque aquele jogo traz a ela uma sensação de prazer e preenchimento, já que esses jogos não determinam a presença de parceiros para se concretizar se comparado com os jogos educativos como a dama, jogo de cartas, de varetas que, por regra, necessitam de pelo menos dois participantes.
Ela ainda aponta que o relacionamento dos pais com os filhos, em uma determinada brincadeira, estimula na criação da personalidade da criança. "É de suma importância a participação dos pais no crescimento do filho, porque elabora a interação social, tendo um adulto por perto para dar direcionamentos. Além de despertar a imaginação e alertar para as reações das crianças em determinadas situações, que pode ir do emotivo ao agressivo", disse a psicóloga. "No brincar a criança constrói laços de afeto, confiança e intimidade. Adquire experiência, organiza suas idéias, formula as próprias hipóteses sobre como viver no mundo. O acompanhamento dos pais ajuda no desenvolvimento de um adulto emocionalmente saudável", disse Mirna."Outro problema que enfrentamos hoje em dia é o livre acesso a informação que as crianças dispõem com a internet. Os pais precisam estar atentos ao uso desta nova ferramenta do mundo moderno. Supervisionar que tipo de conteúdo eles estão consumindo. Saber quais as músicas que eles estão ouvindo, quais os vídeos que eles assistem e procurar entender, através do diálogo, o que motivou tais escolhas. A título de exemplificação se pode citar o site de relacionamento Orkut, que é proibido para menores de idade, mas a grande parte do alunado possui seu perfil na rede. Neste site, os pais podem conhecer um pouco da personalidade do filho por meio das participações em comunidades e compreender os motivos da adesão desta ou daquela comunidade", completou a Pais precisam se adaptar à nova forma de educar.
Fontes: Agências
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