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segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Rio: operação "tolerância zero" destrói prédio irregular


Anderson RamosDireto do Rio de Janeiro
A operação "tolerância zero", uma das bandeiras de campanha do prefeito eleito no Rio, Eduardo Paes, teve início nesta segunda-feira. Em uma das ações, um prédio comercial que estaria em situação irregular foi demolido no bairro do Recreio dos Bandeirantes, zona oeste da cidade. Uma retroescavadeira foi utilizada na ação, comandada por fiscais da Secretaria de Governo, com o apoio da Secretaria Municipal de Obras.
No edifício, funcionava um centro comercial de 3 mil m², com 11 lojas e uma igreja. Também havia pelo menos 16 apartamentos no local. Além de não ter alvará, o prédio demolido foi erguido em uma área de lazer, de acordo com informações do subsecretário de Integração e Controle Urbano, Alex da Costa. No local, deverá ser construída uma praça pública.
A autorização para a demolição já havia sido concedida na administração municipal anterior, segundo ele. O proprietário perdeu todos os recursos na Justiça contra a decisão. Costa também informou que o dono do prédio seria integrante de uma das milícias que age no Rio.
Sandra Elena, 50 anos, há cinco meses alugou uma loja e montou um salão de cabeleireiros no prédio. "Recebi uma ligação às 7h30 de hoje. Estou desesperada. Para mim, isso era legal", disse ela, com o contrato de locação da loja em mãos.
Francisca Silva, que tinha uma loja de conserto de roupas, ficou desesperada. "Perdi tudo. Não deixaram eu entrar para pegar meu maquinário. Quem vai me indenizar?", disse.
A empresária Neli Leal Peters, responsável pela venda dos apartamentos construídos no local, alega que a área era regular. A imobiliária de Neli ficava no centro comercial e, segundo ela, a documentação sobre os apartamentos estava no escritório.
No total, 300 funcionários do Estado e do município trabalham na operação de demolição do prédio, desde as 6h.
FiscalizaçãoFiscais da Secretaria Municipal de Governo, do Detro (Departamento de Transportes Rodoviários do Estado), da Secretaria de Transportes, além da Polícia Militar e Polícia Civil atuaram em vários pontos da cidade do Rio de Janeiro.
Parte da avenida Presidente Vargas, sentido Candelária, foi interditada. Também houve bloqueios na rua do Riachuelo, esquina com a avenida Henrique Valadares, no centro da cidade. No local, uma viatura da Polícia Civil com policiais fortemente armados ocupa metade da pista.
Até as 8h30 cinco táxis foram apreendidos e lacrados. Também houve a apreensão de cinco vans e um ônibus, além de carros particulares que realizam a chamada "lotada" (transporte irregular de passageiros).
Na Tijuca, zona norte, a fiscalização teve como foco o comércio ambulante. Propagandas consideradas irregulares, como banners e outdoors, foram retiradas de estabelecimentos comerciais.

Fontes: Agências

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