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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

" Rasgando o verbo "


Legalidade, oportunidade e preparo técnico.
Infelizmente a polícia brasileira não sabe como e quando aplicar o que “aprendeu” nos cursos de formação. Uma semana de agonia para duas adolecentes de 15 anos, na qual uma chegou a ser, inclusive, espancada pelo ex-namorado, e a inoperância de uma polícia mal-comandada permitiram que um rapaz visivilmente perturbado fosse o senhor absoluto da situação e desse o desfecho que ele queria ( e que a gente temia ). Quando se fala tanto em proteção ao adolecente, atônitos, acompanhamos o retorno de uma vitima liberta ao domínio do seqüestrador. O que causou estranheza é que tudo aconteceu com o acompanhamento do ministério público, que deveria ter impedido tal manobra. Eu não tenho conhecimento de que em outro país isso tenha acontecido, um refém libertado depois de uma longa negociação retornar ao domínio do seqüestrador. Houve a alegação das autoridades que a mãe da garota Nayara autorizou o seu retorno ao cenário do crime (mesmo correndo risco de vida ). Foi um trabalho de um amadorismo de dar pena. Naquela situação, o pátrio-poder não tem nenhum valor, pois nem a mãe nem o pai tem o direito de colocar em risco a vida do filho de forma deliberada sem sofrer as sanções da lei, mas nesse caso, segundo as informações, tudo aconteceu com o amparo das autoridades.
Os especialistas foram unânimes: os atiradores posicionados em pontos estratégicos deveriam ter aproveitado uma das seis vezes em que Lindemberg esteve na linha de tiro e libertar as reféns. Um outro erro grave segundo os especialistas, quando a polícia tentou invadir o apartamento esbarrou numa porta obstruída por alguns objetos, ninguém conhecia o local onde Lindemberg estava com as garotas.
Durante uma semana a polícia não teve coragem de atirar mas o jovem desequilibrado não teve medo, dó e nem piedade para acionar o gatilho do revolver calibre 32 e provocar uma tragédia.
Lindemberg 5 x 0 Polícia de São Paulo e outras autoridades.
Texto Tony D. Silva



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