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sábado, 18 de outubro de 2008

Operação contra o tráfico coloca 3,5 mil militares na fronteira


O ministro da Defesa, Nelson Jobim, esteve ontem em Guaíra e Foz do Iguaçu, no oeste do Estado, para acompanhar o início da Operação Fronteira Sul II na região. A operação, organizada pelo Comando Militar do Sul (CMS), envolve, só no Paraná, cerca de 3,5 mil militares do Exército, Marinha e Aeronáutica, além de órgãos federais e estaduais de segurança pública e fiscalização.
Em toda a região sul, são cerca de 10 mil militares patrulhando os 2,5 mil quilômetros das fronteiras com o Paraguai, Argentina e Uruguai, com o objetivo de combater ilícitos que ocorrem em todo o perímetro, como contrabando, tráfico de drogas, armas e munições e delitos ambientais.As atividades estão programadas para terminarem na próxima sexta-feira. De acordo com o comandante da operação, general José Elito Carvalho Siqueira, além de “ações de presença e dissuasão”, as tropas estão executando ações diurnas e noturnas nas fronteiras. A presença dos militares já foi, ontem, bastante sentida pela população de municípios da região. Uma barreira chegou a ser instalada na BR-277.No Paraguai, a operação gerou temores de uma intervenção militar brasileira. A imprensa do país vizinho veiculou amplamente as atividades e ressaltou que os conflitos entre agricultores paraguaios e os brasiguaios poderiam servir de pretexto para uma ação militar do Brasil no país. O governo paraguaio chegou a declarar que estaria atento à movimentação na fronteira.Em coletiva concedida ontem, o ministro minimizou os temores dos paraguaios. Segundo ele, o Ministério das Relações Exteriores enviou, há duas semanas, aos países vizinhos, comunicados dando conta da operação.
Jobim ressaltou também as “ótimas relações” que o Brasil mantém com o Paraguai e lembrou que já ocorreram pelo menos três atividades semelhantes na região - uma este ano e duas no ano passado - sem que houvesse qualquer tipo de problema.O ministro também disse que gostou dos exercícios que acompanhou, mas se mostrou “decepcionado” com a velocidade da mobilização apresentada. E informou, ainda, que o Ministério da Defesa está preparando a aquisição de um avião controlado à distância, para monitoramento de toda a área próxima ao Lago de Itaipu.
Perguntado se os militares devem passar a patrulhar a área de forma permanente, Jobim descartou a possibilidade, dizendo que a atribuição é da Polícia Federal e Receita Federal.

Fontes: Agências

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