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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Agentes do Meio Ambiente contra os traficantes de animais selvagens


Os gritos estridentes ressoam pela pequena sala: 300 papagaios verdes, em caixas por todo o lugar, não param de fazer barulho, pedindo comida. Trata-se de um de tantos exemplos de animais selvagens pegos por traficantes, muito presentes na selva do Brasil.
Indiferente à jaula, uma estudante de veterinária alimenta um a um, com a ajuda de uma sonda, que mistura proteínas e frutas. São muito jovens para comer sozinhos.
"Os que sobrevivem serão libertados assim que possível na natureza", explica à agência AFP Vinicius de Oliveira, responsável pelo Centro de seleção de animais selvagens (Cetas) no Rio de Janeiro, ligado ao Ministério do Meio Ambiente.
Todos esses papagaios foram pegos em apreensões policiais, que tem se multiplicado nas últimas semanas no Rio e em todo o país. "Em um dos casos, um centena de papagaios estavam reunidos em um fundo falso de uma caminhonete, sedentos e famintos", explica Vinicius. "O traficante está disposto a tudo para lucrar o máximo de benefícios".
O jovem que transporta os papagaios vai receber US$ 500 por seus serviços, o dobro de seu salário mensal. Agora corre o risco de ser condenado de 2 a 8 anos de prisão por tráfico de animais, entre outros crimes.
Mais de 7.000 animais - a maioria aves, mas também gatos selvagens, tartarugas e serpentes - chegam todos os anos aos Cetas. Muitos dos animais recebidos foram abandonados em idade adulta por seus donos, porque tornaram-se agressivos.
"É um problema. Não podemos libertá-los na natureza porque eles não estão aptos para sobreviver sozinhos", lamenta Vinicius, médico veterinário.

Fontes: Agências

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