tonydsilva@ibest.com.br / decioantoniosilva@bol.com.br

.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Ex-PM ligado ao tráfico, suspeito de executar delegado Alcides Iantorno, é morto
















O ex-policial Alexandre Lins de Medeiros, de 39 anos, suspeito de executar o delegado Alcides Iantorno , no último domingo, foi morto ontem por policiais da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae). Ele foi encontrado em Rocha Miranda, na Zona Norte, e teria reagido ao perceber a chegada da polícia. Segundo o chefe da Polícia Civil, Gilberto Ribeiro, Alexandre foi encontrado com as mesmas roupas que usava no dia do crime. - A gente percebe nitidamente que ele não tinha a intenção de se esconder, uma vez que a imprensa noticiou que havia imagens e ele continuava usando a roupa do domingo de manhã, quando executou o delegado Iantorno. Além disso ele reagiu, o que demonstra que não estava muito bem das faculdades mentais - afirma Gilberto Ribeiro. Alexandre foi identificado graças as imagens do circuito interno de TV do supermercado. Embora as cenas no momento da execução não tenham ficado nítidas, o ex-PM foi visto uma hora antes dentro do mercado comprando pão. Ele estava com a mesma roupa e o boné. Baleado, Alexandre foi levado para o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, onde já chegou morto. Alexandre era ex-PM e foi preso em 2003 por Alcides Iantorno, quando o delegado comandava a Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC). Na época, o ex-PM foi apontado como armeiro do traficante Paulo César Silva Santos, o Linho. O apartamento do suspeito no Recreio dos Bandeirantes, segundo a polícia, era uma fortaleza do tráfico. Lá foram encontradas diversas armas.
- Encontramos relatórios, um diário em que o criminoso se dizia revoltado com a situação dele. Alexandre foi preso em 2003 pelo delegado Iantorno. Ele nutria pelo delegado uma enorme revolta porque passou um ano preso, perdeu muitas amizades, deixou de ser PM - explica o chefe da Polícia Civil. O apartamento do assassino fica a 500 metros do mercado. Lá, a polícia apreendeu mais de 50 armas, o boné usado no dia do crime, além de recortes de jornais com as matérias da época da prisão e um bloco com os nomes e dados de Iantorno, do promotor José Luiz Ferreira Marques, de um inspetor conhecido como Monteiro e de uma mulher. - Está descartada completamente a possibilidade de um mandante. Assim como não há ligação do crime com milícias ou contravenção. Alexandre vinha trabalhando só em cima do delegado Iantorno. Encontramos inúmeras cartas onde ele mostrava a sua revolta por ter sido preso - explicou Ribeiro.
Fonte: G.O.L

Nenhum comentário: